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Economia

Sindicalização por Unidades da Federação

Sindicalização por Unidades da Federação Foto: Divulgação

Foto: Divulgação Sindicalização por Unidades da Federação Sindicalização por Unidades da Federação

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira, 18 de dezembro, dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua: Características adicionais do mercado de trabalho 2012-2018. No Tocantins, destaca-se a queda de 3,7% da taxa de sindicalização. Além disso, comparado ao cenário nacional, o estado registrou a maior redução de ocupados em fazenda, sítio, granja ou chácara; e dos empregadores ou trabalhadores por conta própria associados a cooperativa de trabalho ou produção.

A publicação PNAD Contínua: Características adicionais do mercado de trabalho 2012-2018 apresenta informações sobre variados aspectos, dentre os quais se destacam: associação a sindicato, por posição na ocupação, grupamentos de atividade e nível de instrução das pessoas ocupadas; associação a cooperativa de trabalho ou produção; empregadores ou trabalhadores por conta própria em empreendimento com registro no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ; e local do estabelecimento. Acesse o estudo completo aqui.

Ocupação crescente

Entre 2012 e 2014, a população tocantinense de 14 anos ou mais de idade ocupada na semana de referência da pesquisa apresentou crescimento anual, passando de 594 mil pessoas para 627 mil. Em 2015, registrou queda de 2,55% e, a partir de 2016, retomou a expansão, alcançando o maior contingente no ano passado (629 mil). De 2017 para 2018, o crescimento da população ocupada foi de 0,47% (3 mil a mais) e, comparado a 2012, de 5,89% (35 mil pessoas).

Quando analisada por sexo, a participação de homens e mulheres na população ocupada não apontou mudança estrutural entre 2012 e 2017, permanecendo o predomínio dos homens, cuja estimativa de participação na ocupação alcançou 59,7% em 2018, enquanto as mulheres respondiam por 40,06%.

Em 2018, a população ocupada era formada por 28,5% de pessoas cujo nível era sem instrução e fundamental incompleto; 14,4%, com ensino fundamental completo e médio incompleto; 38,3%, com ensino médio completo e superior incompleto; e 18,8%, com nível superior completo.

Analisando a série histórica, percebe-se que o percentual de pessoas ocupadas com nível superior completo aumentou no decorrer dos anos, pois em 2012 registrava apenas 12,7%. Na outra ponta, o contingente da população ocupada sem instrução e fundamental incompleto, que representava 35,1% naquele ano, decresceu 6.6 pontos percentuais.

Grupamento de atividades

Em 2018, o crescimento de 0,47% (3 mil pessoas) da população ocupada foi gerado principalmente pelo incremento de trabalhadores nas atividades de Alojamento e alimentação (1%); Outros serviços (0,9%); Construção (0,8%); e Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (0,8%).

Com variação negativa, ficaram as atividades de Administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-1,8%); Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-1,2%); Transporte armazenagem e correio (-0,6%); e Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-0,4%).

Apesar de perder postos de trabalhos, em 2018, a participação da Administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais na população ocupada foi de 24,2%, do Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, 17,4%; e da Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura na população ocupada foi de 16,9%. Considerando todos os grupamentos dos serviços, esse conjunto respondeu por 58,2%, enquanto que em 2012, 59%.

Queda de sindicalizados

Em 2018, das 629 mil pessoas ocupadas no estado, 5,8% estavam associadas a um sindicato, o que aponta para uma redução de 3,7% no contingente de sindicalizados, em relação a 2017. Tocantins e Mato Grosso do Sul registraram a segunda maior queda. O Distrito Federal, com variação negativa de 4,5%, ocupou a primeira posição. As Regiões Norte (10,1%) e Centro-Oeste (10,3%) apresentaram as estimativas mais baixas, enquanto as Regiões Sul (13,9%) e Nordeste (14,1%), as mais altas.

Analisando a série histórica, o Tocantins registrou, em 2018, o menor percentual de sindicalização (5,8%). Com estimativa de 8,4% em 2012, a associação a sindicato aumentou em 2013 (11,1%) e 2014 (11,7%). Em 2015, a retração da ocupação de 2,55% também foi acompanhada pela diminuição no contingente de associados, baixando para 9,8% a proporção de sindicalizados. Em 2016, uma nova queda (8,1%). Já em 2017, a expansão expressiva da população ocupada (5 mil pessoas) foi seguida pelo crescimento da sindicalização (9,5%).

Registro no CNPJ

Em 2012, 18,4% dos ocupados como empregador ou trabalhador por conta própria estavam em empreendimentos registrados no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), no estado. Esse percentual recuou em 2013 (14,9%), aumentou em 2014 (23%) e em 2015 (27,3%). Em 2016, voltou a cair (24,2%), mas teve nova ascensão em 2017 (26,5%), alcançando a maior taxa em 2018 (28,1%).
De acordo com a pesquisa, a proporção de pessoas ocupadas como empregadoras com registro no CNPJ, no ano passado, é quatro vezes maior do que as como conta própria. Em 2018, 19,4% dos ocupados na categoria conta própria possuíam CNPJ; entre os empregadores essa cobertura era de 80,5%.

Maiores reduções

Das pessoas ocupadas como empregadores ou trabalhadores por conta própria, 4,4% eram associados à cooperativa de trabalho ou produção, em 2018. Comparado com 2017, que tinha um contingente de 6,1% de cooperativados, Tocantins registrou a maior variação negativa (-1,7%), entre todas as unidades da federação.

Em 2017, 26,2% da população ocupada no setor privado trabalhava em fazenda, sítio, granja ou chácara, passando a 23,2% em 2018. Essa redução de 3,0%, no Tocantins, também foi a maior no cenário nacional.

Apesar do decréscimo observado, a população ocupada no setor privado, em 2018, trabalhava principalmente em estabelecimento do próprio empreendimento (51,2%), em fazenda, sítio, granja, chácara etc. (23,2%) e em local designado pelo empregador, patrão ou freguês (14,6%).

A ocupação em local designado pelo empregador, patrão ou freguês, em relação a 2017, teve o maior crescimento de contingente (3,6%). Após quedas entre 2015 e 2017, saiu de 11% para 14,6%, no ano passado. Junto com Espírito Santo, Tocantins liderou o ranking nacional de variação positiva dessa categoria. (Ascom IBGE)