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Polí­cia

Foto: Agência Brasil / Divulgação

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A Polícia Federal (PF) realiza na manhã desta terça-feira, 17, uma operação que investiga supostos servidores fantasmas em órgãos do Governo do Estado do Tocantins. Cerca de 80 agentes cumprem 14 mandados de busca e apreensão determinados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em Palmas, Araguaína e Dueré. Os mandados foram concedidos pelo STJ a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

O objetivo da operação é desarticular organização criminosa suspeita de desviar dinheiro público por meio da contratação de funcionários “fantasmas” no Estado do Tocantins. Já foram cumpridos mandados na Secretaria da Administração do Estado (Secad), na Assembleia Legislativa (AL), e também no apartamento onde mora o próprio governador Mauro Carlesse (DEM) na região da orla de Palmas.

Os investigados são suspeitos de atuarem na contratação de funcionários “fantasmas” para desvio de dinheiro em favor de particulares e desvio de finalidade, com o intuito de angariarem apoio político-eleitoral. Batizada de Assombro, a operação desta terça é resultado de investigações Operação Catarse realizada pela Polícia Civil em 2018 e que identificou funcionários fantasmas no Palácio Araguaia.

Além da obtenção de novas provas, com as ações de hoje, busca-se interromper a continuidade das supostas ações criminosas, delimitar a conduta dos investigados, melhor dimensionar a quantidade de funcionários “fantasmas”, identificar e recuperar ativos frutos dos desvios, além de resguardar a aplicação da lei penal.

Os suspeitos poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Os suspeitos podem responder por crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Governador 

Por meio de nota, a Secretaria Estadual da Comunicação afirma que o governador Mauro Carlesse "refuta qualquer tentativa de ligação de sua gestão às velhas práticas políticas do uso de servidores fantasmas", pois, segundo a nota, foi justamente a gestão Mauro Carlesse que "pôs fim a esses antigos métodos utilizados pelos grupos políticos que passaram pelo Tocantins no passado recente".

Segundo a Secom, foi a gestão Mauro Carlesse que encontrou o índice de gasto com pessoal em 58,22% em abril de 2018, quando da cassação da gestão anterior e da posse de Carlesse.

A Secom ainda afirma que, "foi a gestão Mauro Carlesse que teve atitude de enfrentar o problema do desenquadramento na Lei de Responsabilidade Fiscal, promover a Reforma Administrativa e reduzir consideravelmente o gasto com folha de pagamento, cortando 50% dos contratos temporários e 30% dos cargos em comissão, além de reduzir outras despesas do Governo, para reenquadrar o Tocantins na Lei de Responsabilidade Fiscal. Medidas essas que resultaram no resgate da credibilidade do Estado e recolocam o Tocantins entre os entes da Federação com melhor condição de equilíbrio fiscal", diz a nota.

A Secom finaliza a nota afirmando que o governador Mauro Carlesse reitera que, "mesmo a contragosto de antigas forças políticas, prosseguirá com o trabalho de recuperação das contas públicas do Tocantins, visando à retomada dos investimentos, a geração de empregos e oportunidades e a melhoria na qualidade vida da população".