O Ministério Público do Tocantins (MPTO) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) iniciaram tratativas para a realização de um acordo de cooperação técnica que permitirá o acompanhamento customizado de desmatamentos e queimadas no Tocantins. A coordenação e os técnicos do Centro de Apoio Operacional de Urbanismo, Habitação e Meio Ambiente (Caoma) e do INPE reuniram-se nessa quinta-feira, 18, por meio de videoconferência, para discutir detalhes do acordo.
Segundo o procurador de Justiça e coordenador do Caoma, José Maria da Silva Júnior, a iniciativa do MPTO visa replicar uma experiência do Ministério Público do Mato Grosso e produzir, por meio do Laboratório de Geoprocessamento do Caoma e com a expertise do INPE, as peças técnicas com informações geoespacializadas dos incêndios e queimadas no Tocantins. “Com essas tecnologias poderemos avançar nos estudos, análises e peças técnicas produzidas pelo Caoma e incrementar as informações técnicas dos procedimentos e ações das Promotorias de Justiça para a responsabilização por danos ambientais decorrentes de desmatamentos e queimadas ilegais, além de contribuir para o monitoramento da regularização ambiental de imóveis rurais no Tocantins”, avaliou.
A reunião contou com a participação do geógrafo Bruno Machado Carneiro, do engenheiro ambiental Marcos Antonio Oster e do biólogo Marlon Rodrigues Mesquita de Freitas, todos eles como membros da equipe técnica do Caoma.
Referência
O INPE é referência na produção científica de informações e conhecimentos sobre clima, desmatamento e inovação em pesquisas aeroespaciais no Brasil. Desde 1988, o Instituto realiza o monitoramento do desmatamento da Floresta Amazônica por meio de satélite, através do projeto Prodes. Atualmente o cerrado brasileiro também é monitorado por esta mesma ferramenta.
O INPE também utiliza satélites para realizar a detecção e monitoramento de focos de queimadas e incêndios florestais no Brasil, cujos dados são compilados em uma série histórica junto ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), desde 1998.