A Secretaria de Estado da Saúde (SES) nesta madrugada de sexta- feira, 31, por meio da Central Estadual de Transplante do Tocantins (CET), juntamente com a Central Nacional de Transplante (CNT) e equipe do Hospital Municipal de Araguaína (HMA), realizou a primeira captação cardíaca no Estado.
Uma criança de três anos teve morte encefálica e a família autorizou a doação dos órgãos, sendo captados o coração e as córneas. Como o Tocantins ainda não possui serviço de captação cardíaca, a Central Estadual acionou uma equipe de outro Estado que veio para realizar o procedimento, as córneas foram captadas pelo Banco de Olhos do Tocantins (Boto).
“A CET Tocantins organizou toda logística para que o desejo da família fosse atendido, juntamente com o Hospital Municipal de Araguaína, tudo ocorreu dentro do esperado. Sabemos que esta doação de órgão vai beneficiar outras vidas e isso nos enche de orgulho e satisfação. Vale salientar que esta captação foi possível graças a autorização da família. É preciso que a sociedade entenda a importância do ator de doar", salientou a coordenadora da Central Estadual de Transplante do Tocantins, Suziane Crateús.
A coordenadora também explica que caso a pessoa queira ser doador não é preciso deixar nada por escrito, e sim comunicar à família, pois somente os parentes (de até segundo grau) podem autorizar a doação.
O Tocantins já realiza o transplante de córneas desde 2016, com um total de 174 procedimentos, agora trabalha para a implantação do transplante renal.
Que tipo de órgãos que podem ser doados?
Coração: o transplante só pode ser realizado por meio de um doador falecido, com morte encefálica constatada.
Válvulas cardíacas: esse tipo de transplante é indicado para pessoas com doenças da válvula do coração.
Fígado: é um órgão que tem a capacidade de regenerar-se, por isso, o doador pode doar parte de seu fígado, em vida. Esse tipo de transplante é realizado principalmente em casos de cirrose hepática.
Ossos: Os ossos doados podem ser mantidos em um banco por um longo período.
Medula óssea: é responsável por produzir componentes do sangue e é usada para a cura de doenças que afetam as células do sangue, como a leucemia.
Rim: os rins podem ser doados tanto em vida quanto após o falecimento. A doação do rim geralmente é feita para pessoas com hipertensão, diabetes, insuficiência renal crônica, entre outras doenças renais.
Pâncreas: O transplante é feito em pessoas com diabetes e sérios problemas renais.
Córneas: o transplante só pode ser feito a partir de doadores falecidos, com idade entre 2 a 80 anos. Ceratocone e distrofia do endotélio são algumas das doenças graves que podem afetar a córnea, parte do olho que controla a passagem de luz para a retina.
Pele: O transplante de pele é recomendado em caso de pessoas que sofreram extensas queimaduras ou doenças dermatológicas graves.
Pulmão: Em situações especiais, uma parte do pulmão pode vir de um doador vivo e são necessários dois doadores para um receptor.