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Saúde

Foto: Luciana Barros/Secom-TO

Foto: Luciana Barros/Secom-TO

O Hospital Geral de Palmas (HGP) realizou nesta sexta- feira, 14, a segunda captação múltipla de órgãos de 2024, no Estado. A ação foi possível graças à solidariedade de familiares de um paciente de 33 anos, que estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com quadro clínico que evoluiu para morte encefálica. Ao todo, cinco pacientes que esperam na Fila Nacional de Transplantes serão beneficiados com a doação de fígado, rins e córneas.

“A família disse sim para a vida. Há muitas pessoas aguardando por transplantes no Brasil. Para que a doação aconteça, a família tem que ser favorável. Por esta razão, é importante expressarmos em vida aos nossos familiares o desejo de ser doador de órgãos. A doação pode representar esperança e uma segunda chance a pessoas que lutam por suas vidas”, destacou a coordenadora da Central Estadual de Transplante do Tocantins (Cetto), Suziane Crateús.

O enfermeiro da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (Cihdott) do HGP, Vinícius Gonçalves Boaventura, explicou o processo até o momento da captação. “Nosso trabalho é  viabilizar todo o processo da realização do protocolo de morte encefálica e, se confirmado, oferecer o direito às famílias de optarem pela doação dos órgãos; e dar suporte durante o processo de doação e captação dos órgãos”, pontuou.

Parceria

Para que uma captação aconteça, além da autorização da família do paciente, é necessária uma mobilização de setores que atuam com afinco. Na sexta-feira, 14, a ação contou com a equipe médica de Brasília; com o suporte da Força Aérea Brasileira (FAB); de equipes de profissionais da Central Estadual de Transplantes do Tocantins (Cetto); da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT); da Organização de Procura de Órgãos (OPO) e do Banco de Olhos Público do Tocantins (Boto). Além disso, houve a contribuição da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-TO), que disponibilizou o Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), bem como a Polícia Militar do Tocantins (PM-TO).

Como funciona a doação?

Para que aconteça a doação, é necessário que a família tenha conhecimento do desejo de ser doador, uma vez que parte dela a autorização para captação dos órgãos. A autorização deve ser concomitante ao quadro de morte encefálica, quando ocorre uma perda definitiva das funções do cérebro e, por isso, a recuperação não é possível. Nesse tipo de quadro, os órgãos permanecem ativos por um curto período de tempo, o que permite então a captação para que sejam remetidos aos receptores. (Secom/TO)