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Cultura

Para ser considerado independente, o filme precisa fundamentalmente ser desenvolvido sem a interferência de um famoso estúdio de cinema ou sem o auxílio de um orçamento milionário.

Embora os filmes independentes tenham um grau de investimento em marketing bem abaixo das “obras hollywoodianas”, eles costumam ter um bom desempenho em seus roteiros e também um bom retorno por parte de seu público.

Separamos uma lista com 11 filmes independentes que você precisa assistir e que podem ser vistos nos melhores canais de filmes da SKY TV.

1. Precisamos falar sobre o Kevin (2011)

Baseado em um livro com o mesmo nome, o filme narra a trágica história de Eva (Tilda Swinton) , uma mãe que carrega em seu semblante a melancolia por não ter conseguido evitar que seu filho se tornasse um assassino em massa.

Kevin (Ezra Miller) é um garoto problemático, que desde criança apresenta características extremamente perturbadoras, entre elas a desafeição pelo seu núcleo familiar e o culto à crueldade, são as mais gritantes.

De uma forma inteligente, a direção do filme consegue retratar diversos momentos de violência de uma maneira não explícita, deixando que as características que definem o grande ato do enredo, fiquem a critério da imaginação do telespectador. 

2. Spotlight - Segredos Revelados (2015)

O drama relata o árduo trabalho documental, realizado pela equipe de jornalismo investigativo do jornal The Boston Globe, que no início dos anos 2000 buscava evidências relacionadas à casos de pedofilia e abuso sexual praticados por membros do clero católico de Boston.

Com um elenco de peso, um roteiro bem construído e uma cinematografia impecável, o filme não só prende a atenção do telespectador, como o faz sentir todas as angústias vividas pelos atores ao lidarem com os detalhes dos casos, sejam eles através de documentos ou de depoimentos das vítimas.

3. Pequena Miss Sunshine (2006)

A comédia romântica descreve as situações inusitadas vividas pela família Hoover, ao encarar uma viagem até a Califórnia para realizar o sonho da pequena Olive de se apresentar no concurso “A pequena Miss Sunshine”.

A bordo de uma Kombi amarela, estão o pai, a mãe, o tio, o avô e o irmão de Olive. Cada personagem possui uma característica distinta, que através de suas particularidades constroem o tom humorístico e ao mesmo tempo sensível da obra.  

4. Tallulah (2016)

Tallulah (Ellen Page) é uma jovem que desfruta de uma vida nada convencional. Abandonada pela família, a garota busca sua independência e liberdade, vivendo em um furgão com o seu companheiro, Nico (Evan Jonigkeit) e viajando pelas estradas dos EUA.

Após o seu namorado fugir, “Lu” decide ir atrás de sua sogra para descobrir o paradeiro de seu amado. Em meio a sua viagem, ela rapta o bebê de uma mãe desconhecida, com o argumento de que a criança era negligenciada. 

Sobretudo, a trama discorre sobre o conceito de “maternidade”, abordando diversas características acerca da temática. como: abandono, solidão, traumas e as demais emoções que envolvem a concepção de família. 

5. Corra, Lola, Corra (1998)

Um clássico quando o assunto é filme independente, Lola rennt mostra a corrida contra o tempo de Lola (Franka Potente) que possui apenas 20 minutos para “salvar a pele” de seu namorado, Manni (Moritz Bleibtreu), um contrabandista que acidentalmente esquece uma bolsa no metrô, que contém o dinheiro de seu chefe e que se vê cada vez mais perto de um grande momento de tensão.

Através de um plano sequência inovador, a direção do filme apresenta três finais diferentes para a corrida frenética de Lola pelas ruas de Berlim, buscando consertar o erro cometido por Manni.

6. Raça (2016)

Um filme tão importante em vários sentidos, “Raça” aborda a história de Jesse Owens, o primeiro atleta negro que conquistou quatro medalhas de ouro nas Olimpíadas 1936, na capital da Alemanha, em meio a ascensão da ideologia nazista.

O roteiro é construído através de uma ideia de superação dos obstáculos socialmente colocados no caminho de Owens, pois a sua história de triunfo é iniciada ainda na Universidade de Ohio (EUA), onde em pleno contexto segregacionista, o jovem começava a se destacar em suas práticas de atletismo. 

7. 127 horas (2010)

O drama biográfico “127 horas” conta a história Aron Ralston (interpretado por James Franco) um jovem rapaz praticante de esportes radicais, que sofre um acidente ao realizar uma de suas costumeiras escaladas no Grand Canyon. 

Ao buscar atalhos para chegar ao seu destino final, Ralston sofre uma queda que o faz ficar preso em uma pedra. Sem socorro e gravemente ferido, o aventureiro é forçado a passar por diversas situações de angústia e terror psicológico por 127 horas para conseguir sobreviver. 

8. Que horas ela volta? (2015)

Val, uma mulher nordestina que por questões socioeconômicas decide migrar para tentar a vida na capital paulista, buscando melhores condições para poder criar a sua filha pequena, Jéssica. No entanto, ela precisa abrir mão do afeto diário de sua família e encarar a sua jornada sozinha. 

Com o passar dos anos, Val se estabiliza como empregada doméstica em uma residência da elite paulistana. Em dado momento, Jéssica precisa viajar para São Paulo para prestar vestibular e aproveita para passar um tempo com sua mãe. 

De forma simples mas eficaz, a narrativa discute privilégios, desigualdade social e também questões relacionadas à política de cotas no Brasil.

9. Como nossos pais (2017) 

Como a composição de Belchior, eternizada pela voz de Elis Regina, “ainda somos os mesmos, como os nossos pais”, assim é o enredo dramático do filme, que busca retratar os conflitos geracionais de uma família de classe média, composta por Rosa e suas filhas, Dado (seu marido) e Clarice (sua mãe).

Uma narrativa comum sobre uma mulher de “trinta e poucos”, mãe, dona de casa, e totalmente frustrada ao ver sua vida consumida por suas funções, ao mesmo tempo que precisa lidar com diversos conflitos familiares. 

10. Meu corpo é político (2017) 

Paula Beatriz, Giu Nonato, Linn da Quebrada e Fernando Ribeiro, são 4 transgêneros que têm as suas vidas retratadas no filme independente no formato documental, dirigido por Alice Riff.

O filme exibe o cotidiano dos atores e as suas relações sociais tanto ambiente familiar, como no âmbito profissional. Além disso, aborda diversos debates e percepções sobre identidade de gênero e as problemáticas que cercam a  vida das pessoas trans no Brasil.

11. Aquarius (2016)

Os filmes independentes têm como uma de suas características principais, a exploração de olhares sensíveis acerca de diversas temáticas, que destoam do que é visto muitas vezes como uma “banalização” das super-produções. Muitas obras abordam temáticas simplistas, com grande sensibilidade, como é o caso de Aquarius. 

O enredo da obra gira em torno de uma jornalista aposentada, chamada Clara (Sônia Braga) moradora e eterna apaixonada pelo condomínio Aquarius, que foi palco de décadas de história de sua vida e que tem o seu destino incerto, visto que uma grande construtora, possui reais interesses em demolir o prédio para construir um moderno residencial de luxo.