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Educação

Titular da Seduc, Adriana Aguiar, durante visita à Apae

Titular da Seduc, Adriana Aguiar, durante visita à Apae Foto: Divulgação

Foto: Divulgação Titular da Seduc, Adriana Aguiar, durante visita à Apae Titular da Seduc, Adriana Aguiar, durante visita à Apae

Na Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, comemorada entre os dias 21 e 28 de agosto, instituições de ensino do Tocantins buscam estratégias para lembrar a data e promover a integração entre escola e comunidade durante a pandemia do coronavírus.

A Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla é uma das datas mais importantes do calendário das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) e que, neste ano, precisou se readequar, passando a contar com atividades on-line, que buscam conscientizar a população para as diferenças.

“Geralmente esta é uma semana em que a rotina das Apaes é quebrada para uma vasta programação e, neste ano, foi necessário nos reinventarmos e trabalharmos com a memória, resgatando registros fotográficos, vídeos, entre outras atividades que podem ser realizadas de forma remota, como os depoimentos que foram gravados pelos pais”.

A fala acima é da diretora da Apae - Escola Especial Anjo da Guarda, de Formoso do Araguaia, Joceli Rocha. A unidade de ensino, desde sexta-feira, 21, está desenvolvendo uma série de atividades on-line, pelas redes sociais da instituição, tais como a realização de palestras, veiculação de vídeos informativos e disponibilização de depoimentos. 

A diretora do Colégio Estadual Dr. Abner Pacini, de Almas, Marizete Cardoso de Sousa Freitas, defende que a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla deve ser estendida para todas as unidades de ensino, tornando os estudantes conscientes das diferenças.

“A escola precisa ser um lugar de inclusão, essa foi a principal mensagem que nos propomos a passar. Aqui, na escola, temos 22 alunos com algum tipo deficiência intelectual ou múltipla, e nossa proposta é que nesse tempo em que estamos distantes, por causa do isolamento social, possamos pensar neles”, pontuou.

A mensagem da campanha foi: ‘Ser diferente é normal, seu preconceito não!’. No desenvolvimento da ação, os professores e pessoas da comunidade fizeram fotos com as mãos pintadas. “Cada pessoa é diferente, o tamanho dos dedos é diferente, as cores das mãos são diferentes, mas somos todos iguais enquanto seres humanos e precisamos ser tratados com equidade”, destacou a diretora Marizete. 

Neste ano, a programação nacional traz como tema: ‘Protagonismo empodera e concretiza a inclusão social’. “Para integrarmos os estudantes nas nossas ações, alguns deles foram selecionados para contar as suas vivências na Apae e sua atuação na sociedade. Temos também o vídeo de uma ex-aluna, a Feliciana [Lopes de Souza], que hoje está no ensino médio e que conta sobre a importância do trabalho da Apae”, destacou Vanda Paes França, diretora da Apae – Escola Especial São Francisco de Assis, de Gurupi. 

Sobre o tema deste ano, a gerente de Educação Especial da Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc), Paola Regina Martins Bruno, destacou que o tema foi definido para reafirmar a importância da participação da família em todos os processos da vida de uma pessoa com deficiência. “E esse protagonismo é firmado na produção de conteúdos e de políticas públicas que promovam a inclusão social e combatam o preconceito e a discriminação”, ressaltou.

Nesse sentido, para que a mensagem da campanha pudesse chegar até a comunidade, ao público das Apaes, as instituições de ensino trabalharam, principalmente, por meio das redes sociais, tendo os pais e responsáveis como interlocutores no contato com os estudantes e na produção dos materiais, especialmente na gravação dos vídeos. 

Educação

A titular da Seduc, Adriana Aguiar, destacou o trabalho realizado pela Pasta com as pessoas portadoras de algum tipo de deficiência mental ou múltipla. “Nós trabalhamos em uma perspectiva inclusiva, assegurando o acesso e a permanência dos alunos com deficiência no nosso sistema de ensino, tanto do ensino regular como no Atendimento Educacional Especializado [AEE]”, apontou, considerando ainda as parcerias com as Apaes. 

O atendimento especializado ocorre por meio das Salas de Recursos Multifuncionais, que estão presentes em 185 unidades de ensino, distribuídas em 82 municípios, com um total de 516 turmas. Em Palmas também é ofertado AEE no Centro de Atendimento Educacional Especializado (Caee) – Márcia Dias Costa Nunes. 

Além das Salas multifuncionais gerenciadas pela Seduc, o Governo do Tocantins possui parceria com 30 Associações de Pais e Alunos dos Excepcionais (Apaes), por meio do Programa Escola Comunitária de Gestão Compartilhada, as quais ofertam atendimento de saúde e educação, por meio das Escolas Especiais conveniadas.