Para conhecer as tecnologias empregadas na captura, nas embarcações e na forma de conservação do pescado, bem como, identificar e analisar as demandas dos pescadores e assim, apontar possíveis soluções, foi realizado o projeto Conhecimento e Adaptação Tecnológica para o Desenvolvimento Sustentável da Pesca Artesanal no rio Araguaia (TO), com a participação do Governo do Estado, por meio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins).
O projeto percorreu 15 comunidades pesqueiras, incluindo colônias de pescadores e aldeias indígenas, em 11 municípios do lado tocantinense do Araguaia. Como resultado desse trabalho, coordenado pela Embrapa Pesca e Aquicultura, os participantes elaboraram um documento apresentando orientações aos produtores sobre as práticas simples para abate e conservação do pescado a bordo da embarcação, com o objetivo de proporcionar aos pescadores e consumidores um produto de melhor qualidade no mercado local ou regional.
De acordo com Cassia Bento Sobreira, bióloga do Ruraltins, e uma das autoras da publicação, as informações contidas na publicação podem ser utilizadas por todos os praticantes da pesca artesanal, bem como pelos extensionistas, responsáveis pelo atendimento aos produtores rurais em todas as regiões do Estado. “Com base nesse documento, lançado recentemente, poderemos prestar uma assistência técnica com mais qualidade, além de estimular multiplicadores e gestores a direcionarem políticas públicas mais ajustadas ao setor”, frisa.
São autores do documento denominado “Boas práticas para abate e conservação a bordo na pesca artesanal, rio Araguaia Tocantins”, Cássia Sobreira, bióloga do Ruraltins, Patrícia Chicrala, Adriano Prysthon, Hellen Kato, ambas pesquisadores da Embrapa Pesca e Aquicultura, e Pedro Mujica, professor da Universidade Federal do Tocantins (UFT).
Comunidades pesqueiras
O projeto “Conhecimento e adaptação tecnológica para desenvolvimento sustentável da pesca artesanal no rio Araguaia”, contou com a participação de lideranças de 15 comunidades pesqueiras (sendo 11 Colônias de pescadores e quatro aldeias indígenas) de 14 municípios do Estado. Foram visitadas as Colônias de pescadores de Araguacema, Couto Magalhães, Esperantina, Araguatins, Xambioá, Araguanã, Aragominas, Santa Fé do Araguaia, Araguaína (Garimpinho), Pau d'Arco e Caseara. Já as Aldeias Indígenas visitadas foram de Boto Velho, Fontoura e Macaúba, localizadas no município de Lagoa da Confusão e Canoanã, localizada no município de Formoso do Araguaia.