O mês de janeiro é anualmente dedicado à conscientização sobre a hanseníase por meio da Campanha Janeiro Roxo. O objetivo é levar informações sobre os riscos, sinais e sintomas da doença.
A Secretaria Municipal da Saúde alerta sobre a importância do diagnóstico precoce da hanseníase, reforçando que quanto mais cedo a doença for diagnosticada, mais cedo também é o tratamento, aumentando assim a possibilidade de evitar sequelas.
“A doença tem cura e o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente do diagnóstico ao tratamento e por isso a gente sempre reforça à população a necessidade de procurar as unidades de saúde, em caso de suspeita da hanseníase, e passar pela avaliação do profissional de saúde”, explicou a diretora de vigilância epidemiológica do município, Regina Adriana dos Santos.
Diagnóstico e tratamento gratuitos
O diagnóstico e o tratamento da hanseníase ocorrem nas unidades básicas de saúde (UBS) do Município. O diagnóstico é essencialmente clínico, mas sendo necessário é realizado a baciloscopia, exame dermatoneurológico (da pele e dos nervos), para avaliação de áreas da pele e/ou manchas com alterações de sensibilidade (ao toque, à dor e à temperatura).
Atualmente o Município conta com 45 pessoas em tratamento da doença.
Sobre a hanseníase
O agente causador da hanseníase é o Mycobacterium leprae, bactéria que tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos, e atinge principalmente a pele e os nervos periféricos, com capacidade de ocasionar lesões neurais. Assim, a doença tem alto poder incapacitante, principal responsável pelo estigma e discriminação às pessoas acometidas pela doença.
A transmissão ocorre quando uma pessoa com hanseníase, que não faz o tratamento, elimina no ar o microrganismo, por meio da fala, tosse ou espirro, infectando outras pessoas. A doença pode acometer pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade.
Sinais e sintomas
Entre os sintomas da doença estão o aparecimento de manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade térmica (ao calor e frio), tátil (ao tato) e à dor, que podem estar principalmente nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, no tronco, nas nádegas e nas pernas, áreas com diminuição dos pelos e do suor, dor e sensação de choque, formigamento, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas, inchaço de mãos e pés, diminuição sensibilidade e/ou da força muscular da face, mãos e pés, entre outros.
Casos da doença
Em Araguaína, no ano passado, o número de novos casos de hanseníase foi de 68, quantidade menor que em 2019, que foi de 121 casos novos.
“Essa redução nos casos se deve, principalmente, ao fato de que as pessoas procuraram menos as unidades básicas por causa da pandemia da covid-19, por consequência houve a diminuição da identificação de novos casos, mas, reforçamos que a qualquer sinal da doença as UBS sejam procuradas imediatamente”, concluiu a diretora.