Representantes do Grupo Gestor Estadual da retirada da vacinação contra febre aftosa reuniram-se na manhã desta terça-feira, 2, por meio de videoconferência, para avaliar o andamento e as ações do plano estratégico que visa o fim da vacinação no Tocantins, prevista para ocorrer após adiamento, em 2022.
O responsável pelo Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa, João Eduardo Pires, fez uma apresentação retomando o Plano Estratégico, avaliando as metas, ações e a situação atual do Tocantins para se credenciar à retirada da vacinação contra aftosa. “O plano tem um objetivo claro que é promover o país livre de aftosa sem vacinação protegendo o patrimônio pecuário e gerando benefícios aos produtores como a valorização dos produtos e ampliação de novos mercados, porém, é necessário que o sistema de defesa animal esteja alinhado em todo o Brasil,” pontuou ele.
Pires acrescentou que o Tocantins vem obtendo avanços no plano, e citou como exemplo a volta da arrecadação ao Fundo Privado de Defesa Agropecuária (Fundeagro) e o repasse de parte deste recurso para manutenção e fortalecimento do serviço de defesa estadual.
Sobre a prorrogação da retirada da vacinação que deveria ocorrer em maio deste ano, o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) esclareceu que por causa da pandemia o cronograma teve que ser alterado, uma vez que não foi possível os estados cumprirem todas as metas previstas no plano. A previsão é que até o final deste semestre, o Tocantins receberá uma auditoria do Mapa para avaliar as condições do Estado.
O presidente da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), Paulo Lima disse que o governo do Estado, por meio da Agência, está comprometido com o plano estratégico de retirada da vacinação contra aftosa. “O Tocantins possui uma vocação pecuária forte, por isso, estamos empenhados e trabalhando para obtermos este status, de livre da febre aftosa sem vacinação e com isso, oportunizar a abertura de novos mercados para a carne tocantinense,” disse o presidente.
O Tocantins integra o bloco IV juntamente com Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe. Estes estados, segundo o cronograma do Plano Estratégico deve efetuar a retirada na mesma época, inclusive os estados que compõem os blocos II e III.
Participaram da reunião virtual, o superintendente Federal da Agricultura, Rodrigo Guerra; representantes da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Aquicultura (Seagro), do Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins (Ruraltins), do Sindicato das Indústrias de Carnes Bovinas, Suínas, Aves, Peixes e Derivados (Sindicarnes), da Federação da Agricultura e Pecuária do Tocantins (Faet) e do Fundeagro.