O ex-presidente e atual corregedor do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins, conselheiro Severiano Costandrade, se manifestou através de nota a respeito da operação da Polícia Federal realizada nesta quarta-feira, 3, para investigar suposto esquema de fraude na construção do anexo do TCE durante período no qual ele era presidente do órgão.
Costandrade limitou-se a dizer que foi gestor do TCE entre os anos de 2009 e 2012 e que o alvo da operação recai “sobre um ato de gestão específico” durante sua gestão.
A Polícia Federal, Controladoria-Geral da União (CGU) e Ministério Público Federal (MPF) atuam em conjunto para investigar uma suposta organização criminosa suspeita de fraudar processos licitatórios e a execução de contratos relacionados a construção do prédio anexo do TCE.
Os contratos investigados somam mais de R$ 25 milhões. A partir das movimentações financeiras suspeitas, laudos periciais e informações de campo, estima-se um prejuízo aos cofres púbicos da União superior a R$ 4 milhões.
A CGU teria identificado uma transferência superior a R$ 260 mil entre uma das construtoras e Severiano Costandrade. O dinheiro, segundo a CGU, seria pagamento de propina. “Oferecerei às autoridades competentes todas as informações necessárias, comportamento esperado de qualquer gestor público, condição que exercia à época”, alegou o conselheiro.
Confira a nota de Costandrade na íntegra.
Sobre a atuação policial realizada na manhã desta quarta-feira, 3 de março, no Tribunal de Contas do Tocantins, tenho a informar que atuei na condição de gestor desta instituição no período de 2009 a 2012.
Questionamento paira sobre um ato de gestão específico no período acima citado, a respeito do qual oferecerei às autoridades competentes todas as informações necessárias, comportamento esperado de qualquer gestor público, condição que exercia à época.