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Cultura

Foto: Divulgação

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A aldeia Novo Horizonte, no município de Tocantínia, às margens do Rio Sono, na região central do Estado, recebe nessa sexta-feira, 4, o 1º Encontro Cultural Indígena Xerente. Criado para valorizar as tradições indígenas, o evento começa às 8 horas, com abertura oficial, ritual de batismo, danças, corrida e dinâmica com as crianças da aldeia, apresentação da culinária típica e do artesanato Xerente, casamento tradicional, competição de arco e flecha, corrida de tora. O encerramento será marcado por uma apresentação de dança envolvendo representantes de toda a aldeia.

Adaptado para evitar a disseminação da Covid-19, o Encontro contará somente com a participação de integrantes da aldeia e de uma equipe de filmagem, devidamente testada para a doença, que produzirá produto audiovisual visando documentar e divulgar a cultura Xerente em escolas das redes municipal e estadual de ensino e outras instituições públicas.

A iniciativa, desenvolvida pelo Instituto Terra Dourada, foi contemplada com recursos da Lei Aldir Blanc, com destinação coordenada no Tocantins pela Agência do Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia Criativa (Adetuc). Os incentivos foram disponibilizados, por meio de edital, seguindo critérios técnicos, para ações emergenciais voltadas ao setor cultural durante a pandemia de Covid-19.

De acordo com o cacique da aldeia, Pedro Filho, é uma preocupação fazer com que jovens e crianças vivenciem os costumes ancestrais, para garantir sua sobrevivência pelas próximas gerações. “Também consideramos fundamental fazer com que as pessoas de fora da aldeia conheçam e respeitem nossa cultura", explicou. 

Os proponentes lembram que, além de colaborar com a organização da programação, o projeto previa produção audiovisual do 1º Encontro Cultural Indígena Xerente no Dia do Índio, 19 de abril, com a participação de indígenas e moradores da região. Porém, diante da situação de agravamento da pandemia, naquele momento, a proposta foi adaptada para o formato que será aplicado nesta sexta.

“A destinação de recursos da Lei Aldir Blanc para projetos propostos por indígenas e para indígenas visam minimizar o impacto gerado pelas medidas de enfrentamento da Covid-19, mas também valorizar as tradições dos povos ancestrais”, afirma o presidente da Adetuc, Jairo Mariano, que ressalta outras ações da gestão Mauro Carlesse em favor das comunidades indígenas, como a distribuição de cestas básicas.