O principal fator levado em consideração por quem decide gerar sua própria energia é o custo-benefício que o sistema fotovoltaico oferece. Antes de cinco anos é possível ter de volta o valor investido com redução na conta de energia, que pode chegar a até 90% de economia, além dos equipamentos serem de baixa manutenção e alta durabilidade.
Esses foram os fatores decisivos para o jornalista Emiliano Lena aderir à energia solar em sua casa, em outubro de 2020. “Antes, eu tinha um consumo de energia elétrica em média de mil reais mensais, hoje pagamos uma taxa que gira em torno de R$ 150,00 e a nossa parcela de financiamento para instalação do sistema é de R$ 530,00, ou seja, nós temos uma economia de quase R$ 300,00”, disse, lembrando que, antes, ficava controlando tudo para tentar reduzir a conta de energia e pouco adiantava. “Agora, eu controlo o que geramos de energia”, destacou Emiliano, lembrando que, além de suprir o consumo da casa, o saldo acumulado em sete meses já dá para manter a demanda de energia de um mês e meio.
Com esse saldo na produção própria de energia, a família do jornalista agora já pensa em instalar um ar-condicionado na sala. Essa possibilidade era impensável há poucos meses devido aos reajustes na conta de luz, ainda mais para uma casa que já contava com três ar-condicionados, duas geladeiras, um freezer, e com duas crianças estudando remotamente devido à pandemia. “Quando começou a pandemia, o consumo só piorou, foi aí que decidimos pela energia solar”, comenta Emiliano.
Outro fator que também facilitou a tomada de decisão da família para o sistema fotovoltaico foi o baixo juro do financiamento. As parcelas ficaram abaixo do valor que ele já pagava mensalmente da fatura de energia elétrica. “Tem que saber procurar para conseguir juros melhores. Fiz no nome da minha esposa, uma vez que, para servidor público, o juro é bem melhor”, acrescentou Emiliano.
Incentivo fiscal
Sobre o incentivo fiscal, Emiliano conta que deu "bobeira''. “Atrasamos para dar entrada no processo na prefeitura em 2020, mas este ano já entramos com o pedido no Selo Palmas Solar, e ano que vem já teremos o desconto no IPTU de 80%”. O desconto só passa a valer no ano subsequente ao pedido de adesão.
O incentivo fiscal, talvez, não tenha sido o ponto preponderante para a família do Emiliano ao optar pelo uso inteligente e sustentável da energia solar, mas já será uma economia no IPTU durante os próximos cinco anos, com descontos de até 60%, uma vez que ele deu entrada neste ano. Caso tivesse dado entrada em 2020, o desconto poderia ser de até 80%, conforme a capacidade energética do sistema instalado por ele.
Placas solares
Segundo Emiliano, para instalação das placas solares, só é preciso um local que incida os raios solares e não tenha sombra. A manutenção também é simples: apenas a limpeza das placas para retirada da poeira. E o saldo que é gerado a mais do consumo, pode ser utilizado em outra unidade consumidora, desde que possua o mesmo CPF. Também serve de créditos para meses quando o consumo for maior.
O sistema solar optado por Emiliano é o “on grid”, que depende da rede de distribuição e que fornece créditos pela energia excedente. “Quando instalamos o sistema solar, não é que paramos de consumir energia da rede, só que a energia que as placas geram vai sendo injetada na rede. O relógio vai ter uma referência de energia consumida e energia gerada”, explica. “E o que você gerou a mais fica de crédito e, no mês que ocorrer inverso, o crédito que você já tem acumulado no relógio vai compensar essa diferença”, completou.
Mas, para que essa energia solar possa ser transformada em energia elétrica, o sistema exige a instalação de um inversor solar, que transforma a corrente contínua vinda dos painéis fotovoltaicos em corrente alternada, o que permite que os equipamentos eletrônicos funcionem. Simplificado seria um adaptador de energia. O inversor faz o monitoramento eficaz, além de otimizar a energia produzida e distribuída.
Crescimento
Os números de sistemas instalados só crescem em Palmas, que acelera em cumprir a meta da Organização das Nações Unidas (ONU) em investir mais em fontes limpas e renováveis até 2030. Em 2016, quando o Programa Palmas Solar foi criado, houve apenas 19 adesões; em 2017, mais que triplicou o número de adesões que registrou 67; em 2018 deram entrada no benefício 206 moradores de Palmas; em 2019, o número foi de 258 adesões, e em 2020 houve um salto, subindo para 363 adesões ao programa. Ou seja, de 2017 a 2020, o crescimento foi de 541%. (Secom Palmas)