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Saúde

Foto: Luciana Barros

Foto: Luciana Barros

Em funcionamento desde setembro de 2019, o serviço de cirurgias cardíacas pediátricas do Tocantins já salvou mais de uma centena de crianças que necessitavam de procedimentos de urgência ou eletivos, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES). Os ganhos também perpassam pela economicidade de recursos financeiros – de R$ 187 mil para R$ 63 mil por procedimento e a redução da mortalidade de 20,51% para 6% dos pacientes atendidos, segundo a pasta.

Dados da SES apontam que em 2018, quando as crianças que necessitavam de procedimentos cardíacos eram atendidas por meio de Tratamento Fora de Domicílio (TFD), foram realizadas 39 cirurgias, lamentavelmente com oito óbitos registrados. Para o custeio destes procedimentos, o Estado do Tocantins arcou com R$ 7.293.778,79, sendo R$ 1.294.656,80 apenas com Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aérea. As transferências eram feitas para os estados de Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo.

De 2019 a 2021, já foram 155 procedimentos, sendo 96 cirurgias cardíacas pediátricas abertas e 59 cateterismos - de diagnóstico ou resolutivo - com registro de nove óbitos.  O custo total está em R$ 9.877.215,16. “São números que nos deixam felizes e otimistas quanto ao trabalho realizado na atual Gestão. Priorizamos a vida de nossas crianças com um trabalho de excelência, que reduz o tempo de espera e consequentemente a mortalidade dos pacientes”, disse o titular da SES, Edgar Tollini.

O gestor enfatizou ainda, que “A realização das cirurgias aqui no Estado promove conforto às famílias que já não precisam ficar por meses longe de suas casas, elimina os problemas com judicialização e, aliado a isso, ampliamos de forma significativa a quantidade de pessoas atendidas. Isso coloca o Tocantins como referência para a região Norte do Brasil, uma vez que apenas o Pará e o Tocantins ofertam esses serviços”, destacou Tollini.

A agilidade e o conforto mencionados pelo secretário foram elencados pelo servidor público Phatryck Augusto Nogueira, morador de Palmas e pai da recém-nascida Clarice, que foi diagnosticada com má formação congênita, ainda na barriga da mãe. “Com 30 semanas de gestação, ficamos sabendo do problema de saúde da bebê e fomos encaminhados para o Hospital Dona Regina, onde foi confirmado o quadro clínico e a partir daí buscamos informações e ajuda de como realizar todo o tratamento necessário. Felizmente conseguimos vir para Araguaína, onde minha esposa foi internada e teve a criança no Hospital Dom Orione”, conta.

Ainda segundo o servidor, “no dia seguinte ao nascimento da bebê, o Dr. Márcio Miranda veio avaliar e já organizou a transferência para o Hospital Municipal de Araguaína, onde ela fez todos os exames e a cirurgia. Só temos a agradecer a atenção de toda equipe, que tem nos acolhido e nos tratado bem, em todas as etapas do processo e agora é só aguarda a alta da nossa pequena, que com fé em Deus, será breve”, finalizou.

Cirurgias

As cirurgias cardíacas pediátricas abertas são realizadas no Hospital Municipal de Araguaína (HMA), e as hemodinâmicas no Hospital Dom Orione (HDO), também em Araguaína e no Hospital Geral de Palmas (HGP).

Cateterismo

Os pacientes com necessidades de cateterismo de urgência têm seus procedimentos realizados em Palmas e Araguaína, dependendo do local em que estiverem ou residirem, reduzindo tempo de deslocamento e gastos. Os procedimentos eletivos são feitos no Hospital Dom Orione, em Araguaína; e no HGP, em Palmas; seguindo um fluxo feito pela SES e obedecendo a fila criada pela Central de Regulação do Estado.