A partir desta segunda-feira, 25, oito crianças, filhos de famílias da Comunidade indígena venezuelana Warao refugiada em Palmas passam a estudar na Escola Municipal de Tempo Integral (ETI) Pe. Josimo Tavares. O atendimento a essas famílias só foi possível devido a uma força tarefa envolvendo várias entidades federais, estaduais, municipal, além de organizações civis que se juntaram a fim de promover melhores condições de vida aos imigrantes indígenas venezuelanos que buscam na Capital o refúgio da crise política e econômica na Venezuela.
Para atender a demanda educacional das crianças venezuelanas, que têm referências muito diferentes da realidade brasileira, a Secretaria Municipal da Educação (Semed), em parceria com a Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes do Tocantins (Seduc), contratou três monitores auxiliares da própria comunidade Warao para acompanhar o processo pedagógico dos educandos, respeitando assim, as tradições e a cultura da etnia.
Segundo a superintendente de Avaliação e Desempenho Educacional da Semed, Anice Moura, a gestão busca integrar os indígenas da etnia Warao à comunidade escolar. “Para ajudar no processo de adaptação dessas crianças, a princípio nós iremos trabalhar com eles numa sala separada, com os monitores contratados atuando junto com os professores de língua Portuguesa e Espanhola e tão logo estejam adaptadas serão inseridas nas turmas regulares”.
Ainda segundo Moura, as crianças já estão sendo atendidas pelo transporte escolar, receberam um kit contendo material pedagógico, estojo escolar e um kit de material higiênico com máscaras e álcool em gel, além do uniforme escolar.