O músico e ator Piettro Lamonier lançará o seu disco e filme Magdala com exibição presencial nessa terça-feira, 2, a partir das 20 horas, no Cine Cultura no Espaço Cultural José Gomes Sobrinho. A produção audiovisual também ficará disponível no YouTube, no canal de Piettro Lamonier, dividido em três partes, de 02 a 04 de novembro, às 20 horas. O álbum e o filme ‘Magdala’ foram realizados com o apoio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic), da Fundação Cultural de Palmas (FCP).
Durante as sete músicas do disco e os 38 minutos que compõem o filme, a produção traz um manifesto espiritual, um convite à autopercepção e também um registro da trajetória particular de autodescoberta do músico, que nos apresenta através de diversos símbolos e referências um universo rico de imagens, sentidos, significados e sensações.
Gravado na casa de Dona Romana, líder espiritual da cidade de Natividade, no Tocantins, o filme concretiza a jornada cantada nas músicas em clipes/capítulos que evocam imagens e símbolos poderosamente magnéticos. “Trazendo essa plasticidade espiritual e com um toque afrodescendente, ‘Magdala’ é o caminho do homem branco que precisa pedir passagem para ter paz em sua vida interna. As músicas perpassam diversos ritmos, tudo em um único trabalho que se conecta através de uma história densa rodeada de Pedra Canga”, sintetiza o músico.
O filme tem a direção de fotografia e a montagem assinadas por Roberto Giovannetti, foi protagonizado e dirigido por Piettro, e conta com as participações da bailarina e atriz Sara Gomes, além da cantora Cinthia Abreu, que participa da música e cena Branco Marfim.
Carreira
Piettro Lamonier iniciou a carreira musical na banda Desconcerto, consolidou seu trabalho como vocalista e compositor do grupo Mestre Kuca e também participou do coletivo de compositores e intérpretes Cerrado Novo. Psicólogo, viu na carreira solo o caminho para falar de suas pesquisas, processos particulares e experiências místicas e espirituais: “Estudei budismo, teosofia, cristianismo primitivo, hinduísmo, umbanda, candomblé, espiritismo, filosofia franciscana e ayahuasca. Nesse ínterim, descobri a linha da psicologia analítica de Jung, os arquétipos e o inconsciente coletivo e isso mudou toda minha visão de mundo. Liberdade não era mais um isolamento e sim um conectar-se a tudo e a todos”, conta o músico.
Assim como a miscelânea de temáticas que se entrelaçam compondo a mensagem, os ritmos trabalhados também são vários; as canções alternam tambores, maracás e violões com guitarras e sintetizadores, indo do folk ao manguebeat e do samba ao eletropop. Um ótimo exemplo disso é Magdala, faixa título que une a condução dos batuques ao peso de riffs de guitarra, trechos de cavaquinho e diversos efeitos eletrônicos, enquanto Piettro canta sobre desejo e libertação.
Produzido por Fred Garibalde, o disco segue um crescente, enquanto Piettro busca a aceitação e a integração de seu eu feminino e desenvolve sua interação com o mundo e com a força da natureza, que se manifesta através de seu corpo.