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Meio Ambiente

Engenheiro agrônomo Germano Gütter, professor da Universidade do Estado de SC, durante palestra no MPTO

Engenheiro agrônomo Germano Gütter, professor da Universidade do Estado de SC, durante palestra no MPTO Foto: Divulgação

Foto: Divulgação Engenheiro agrônomo Germano Gütter, professor da Universidade do Estado de SC, durante palestra no MPTO Engenheiro agrônomo Germano Gütter, professor da Universidade do Estado de SC, durante palestra no MPTO

O engenheiro agrônomo Germano Gütter, professor doutor da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), afirmou que o Estado do Tocantins pode se tornar referência no Brasil em relação à coleta, destinação e tratamento de resíduos sólidos. A declaração foi feita durante palestra realizada no auditório do Ministério Público do Tocantins, na manhã desta segunda-feira, 22, para falar sobre compostagem.

A “Oficina de Compostagem de Resíduos Sólidos Urbanos” começou nesta segunda e vai até quarta-feira, 24. O evento é organizado pelo Centro de Apoio Operacional de Habitação, Urbanismo e Meio Ambiente (Caoma), em conjunto com o Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional/Escola Superior do Ministério Público (Cesaf-ESMP), órgãos auxiliares do Ministério Público do Tocantins (MPTO).

A oficina integra as atividades da Rede 'TO Sustentável’, coordenada pelo Tribunal de Justiça do Tocantins, e que reúne, ainda, o MPTO, Tribunal de Contas do Estado (TCE), Defensoria Pública Estadual (DPE), Universidade Federal do Tocantins (UFT), Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), Tribunal Regional Eleitoral (TRE), governo do Estado, Prefeitura de Palmas, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Agência Tocantinense de Saneamento (ATS).

“Vocês são hoje uma organização quase única no Brasil. A maneira com que vocês estão se organizando para resolver problemas ambientais é uma forma bastante diferenciada do restante do País”, declarou Gütter, na palestra. Ele destacou o esforço conjunto das instituições para tentar resolver o problema dos resíduos sólidos no Estado, através da rede ‘TO Sustentável’, mencionando que “nunca viu algo parecido”.

O professor citou que os municípios brasileiros gastam, hoje, R$ 25 bilhões para coletar o lixo e colocar em aterros sanitários. Só de resíduos orgânicos são produzidos 40 milhões de toneladas por ano, a um custo de R$ 300 por tonelada. “O que tem lá dentro [dos aterros] vale muito mais que isso”, afirmou o professor.

De acordo com o especialista, para cada real que se gasta com lixo no Brasil, se perdem quatro reais em oportunidades envolvendo reciclagem, compostagem, produção de alimentos e geração de emprego. “Estamos gastando 25 bilhões [de reais] e estamos ‘jogando fora’ 100 bilhões”, afirmou o professor.

O procurador de Justiça José Maria da Silva Júnior, coordenador do Caoma, afirmou que a compostagem é uma das estratégias para se reduzir o desperdício que ocorre na disposição dos resíduos, e por isso o evento é tão importante. “O objetivo dessa oficina é capacitar os integrantes da rede ‘TO Sustentável’ e levar, posteriormente, conhecimento aos gestores das prefeituras para que eles possam trabalhar essas estratégias no âmbito municipal”, afirmou.

Leila Jardim, coordenadora do Núcleo de Gestão Socioambiental do TJTO, disse que a união de esforços das instituições fortalece as ações de preservação do meio ambiente.

Nessa terça-feira, 23, e quarta-feira, 24, as atividades serão externas e acontecerão no Condomínio Empresarial Logístico e industrial de Palmas, onde está instalado o ecoponto de galhadas do município.

Vídeos

As atividades da oficina serão posteriormente replicadas em vídeo nos demais municípios tocantinenses, no âmbito do projeto institucional “Chega de Lixão”, do MPTO, com o objetivo de demonstrar os benefícios do reaproveitamento de resíduos orgânicos e contribuir para alongar a vida útil dos aterros sanitários.