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Esportes

Foto: José Matheus

Cerca de 100 estudantes de unidades escolares das redes públicas e privada e de Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Palmas e Paraíso participaram da terceira edição do Festival Paralímpico Loterias Caixa, realizado na manhã deste sábado, 4, na Escola Estadual Professora Elizângela Glória Cardoso, na Capital. Por meio de atividades lúdicas, os participantes com e sem deficiências tiveram a oportunidade de vivenciar algumas das modalidades paralímpicas.

O objetivo do evento, organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e realizado simultaneamente em 70 cidades de todo o País, é iniciar os participantes no esporte por meio de práticas que simulam movimentos e objetos de modalidades paralímpicas. Em Palmas, a equipe da Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc), parceira do CPB, ofereceu três opções de esportes adaptados: tênis de mesa, parabadminton e bocha paralímpica.

Em formato de circuito com três estações, uma para cada modalidade, os participantes, divididos em turmas, fizeram rodízios em cada espaço, promovendo maior interação entre todos, e obedecendo aos protocolos sanitários.

Segundo a técnica da Seduc e coordenadora do Festival em Palmas, Keilla Nunes, o evento superou a expectativa pela quantidade e envolvimento dos participantes. "A gente sabe que as pessoas com deficiência muitas vezes não são estimuladas à prática esportiva e quando eles vivenciam essa experiência eles criam intimidades e se sentem capazes. Essa é a finalidade do Festival, permitir que eles conheçam esportes paralímpicos e gerem o desejo de praticarem essas e outras modalidades", pontuou.

Segundo o professor Rafael Azevedo, que coordenou as práticas de tênis de mesa, o Festival proporciona aprendizado também às equipes escolares. "Os professores e cuidadores tiveram a oportunidade de observar os materiais adaptáveis fabricados de forma bem simples, como papelão, balão, e que esse conhecimento seja levado para as escolas e trabalhado na iniciação esportiva, para que os alunos possam se desenvolver no esporte, de acordo com as suas limitações", ressaltou.

A cadeirante Nathália Moreira de Andrade, 17 anos, que nunca havia praticado esporte, se emocionou com as novas vivências. "Fiquei muito feliz. Esporte é bom demais", frisou a estudante da Escola Estadual Liberdade, de Palmas, que tem deficiência física e intelectual em virtude de uma paralisia cerebral na infância. A mãe da aluna, Ieslaine Moreira de Andrade, disse que foi difícil conter a ansiedade da filha nos dias que antecederam o Festival. "Quando mencionei sobre as possibilidades do evento ela ficava numa alegria contagiante", afirmou.

A estudante Iasmyn Alves Lima, 14 anos, da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Paraíso do Tocantins, gostou das experiências no esporte e já decidiu que quer competir nos Jogos Estudantis Paradesportivos do Tocantins (Parajets), em 2022.

“Foi muito legal e divertido participar do Festival. É a segunda vez que participo e sempre aprendo muito. Ver a vontade dos organizadores em fazer o projeto acontecer e a disposição dos professores em ensinar a prática das modalidades é muito gratificante e especial para a gente”, destacou a jovem que tem deficiência física, em virtude de um derrame.

O Festival Paralímpico é uma iniciativa do CPB para celebrar o Dia Nacional do Atleta Paralímpico, 22 de setembro, mas por conta da pandemia de Covid-19, o evento foi adiado e acompanhará o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência (3 de dezembro).