Neste último final de semana, foram realizadas ações de fiscalização conjuntas entre o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) e o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) nas regiões da bacia do Alto e Médio Araguaia. As ações, que fazem parte da Operação Piracema, ocorreram nos rios e afluentes da bacia e, também, através de patrulhamento terrestre.
De acordo com o gerente de Fiscalização do Naturatins, Cândido José Neto, as ações realizadas semanalmente durante o período da piracema são positivas já que tem sido observada a redução do número de ocorrências e apreensões pelas equipes de campo. “O objetivo dessas operações é coibir a caça e pesca predatórias, o transporte irregular de pescado e o tráfico de animais silvestres, além de outros crimes ambientais”, reforçou o gerente.
Região Norte
No município de Xambioá, a fiscalização resultou no recolhimento de aproximadamente 60 metros de redes de diversos tamanhos e três aves, conhecidas popularmente como curiós (Oryzoborus angolensis). Os pássaros bem como o material de pesca foram localizados na margem direita do rio Araguaia e na ocasião os infratores fugiram do local após perceberem a chegada dos agentes de fiscalização. Após constatação da ausência de anilhas que pudessem indicar a origem e ainda considerando o bom estado de saúde, as aves foram devolvidas ao habitat natural.
A operação, coordenada pela equipe de fiscalização do Naturatins em Araguaína, foi realizada no rio Araguaia e seus afluentes, além de patrulhamento terrestre nos municípios de Santa Fé do Araguaia, Araguanã e Xambioá.
Ainda durante a ação, foi realizada blitz ostensiva e educativa no posto rodoviário estadual na saída para Filadélfia, em Araguaína. “Na ocasião, foram abordados vários veículos de carga e de passeio, na qual foram repassadas informações sobre a proibição da pesca e as sanções impostas aos infratores, inclusive com distribuição de panfletos educativos”, destacou Cândido Neto.
Regiões Sul e Sudeste
Nos municípios de Formoso do Araguaia e Lagoa da Confusão o patrulhamento fluvial percorreu 157 km entre os rios Javaé e Loroty. As equipes fizeram rondas ostensivas em toda zona crítica dos rios e nas proximidades das áreas indígenas onde os crimes de pesca predatória são mais recorrentes. Foram recolhidos 450m de redes de pesca, dentre os quais 200m eram de rede de nylon, utilizadas especificamente para captura de peixes como o pirarucu.
No lago da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Manoel Alves, no município de Dianópolis, a fiscalização recolheu apetrechos de pesca predatória como tarrafas, pindas e anzóis.