O Tribunal de Justiça acolheu recurso do Ministério Público do Tocantins (MPTO) e restabeleceu a prisão preventiva de Allyster K. D. F., acusada de planejar e participar, junto com seu namorado, da prática de um homicídio qualificado, ocorrido na cidade de Novo Alegre, em 2018.
A fim de ver restaurada a prisão preventiva, o promotor de Justiça, Lissandro Annielo Alves Pedro, sustentou no recurso que a materialidade e os indícios de autoria do crime estão devidamente presentes, havendo provas suficientes de que a ré planejou a morte de Matheus Mendes Damasceno dos Reis, a quem ela atribuía a culpa por ter sido presa anteriormente, quando levava drogas em uma marmita para dentro da Cadeia de Novo Alegre.
O membro do Ministério Público também justificou que Allyster K. é pessoa com elevada periculosidade, comprovada pela gravidade do homicídio investigado, cuja pena pode chegar a 30 anos de reclusão. Também sustentou que a ré possui outras condenações pela prática de tráfico de drogas e é suspeita de integrar organização criminosa.
No recurso, ainda foi lembrado que a prisão de Allyster K. por suspeita de homicídio ocorreu logo após a primeira flexibilização de prisão domiciliar a que ela foi submetida, o que também evidencia sua periculosidade.
A acusada encontrava-se detida aguardando julgamento, mas sua prisão preventiva foi convertida em prisão domiciliar em junho de 2021, pela juíza da 1ª Escrivania Criminal de Aurora.
Em decorrência do recurso do MPTO, a prisão preventiva foi restabelecida por decisão da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, cujo acórdão foi publicado em 11 de outubro de 2021.