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Meio Jurídico

Foto: Divulgação Pedro Caldas faleceu após atropelamento em 2017 Pedro Caldas faleceu após atropelamento em 2017
  • Ré Iolanda Costa Fregonesi
  • Ato Marco Civilizatório Pedro Caldas, realizado neste domingo, no Parque dos Povos Indígenas

O Tribunal do Júri em Palmas julga, nesta segunda-feira, a partir das 8h20, Iolanda Costa Fregonesi, 25 anos, acusada de homicídio doloso contra o médico e triatleta, Pedro Caldas, 40 anos, morto após atropelamento em 2017.

Sem habilitação, a acusada, embriagada conforme inquérito da Polícia Civil e a denúncia do Ministério Público do Estado do Tocantins (MP-TO), dirigia um Ford Fiesta quando atropelou Pedro Caldas e seu colega Moacir Naoyuk Itoum enquanto corriam na Marginal Leste. Moacir Itoum se recuperou do acidente, mas Pedro Caldas, pai de três filhos, atingindo diretamente, não.

O julgamento ocorre 1.583 dias após o atropelamento. A pandemia atrasou o Júri por mais de um ano. A Polícia Civil indiciou Iolanda pela prática dos crimes de homicídio qualificado na direção de veículo automotor, tentativa de homicídio qualificado, embriaguez ao volante e por dirigir sem habilitação. Na Justiça, o MPE, que respaldou as conclusões da Polícia, acusa a jovem de homicídio qualificado, tentativa de homicídio em concurso formal, embriaguez ao volante e direção inabilitada.

Iolanda, que se negou chegou a ser detida após o atropelamento, foi detida no momento, mas acabou liberada após pagar fiança de R$ 3 mil.

Neste domingo, a família Pedro Caldas organizou o ato “Marco Civilizatório Pedro Caldas”, no Parque dos Povos Indígenas. Com dezenas de pessoas, os participantes levaram balões negros e, claro, pediram por justiça.

O pai do médico, Luciano Caldas falou sobre a ação. “Estamos aqui fazendo este evento de abraço simbólico ao Pedro Caldo, é um momento especial, tantos amigos queridos e próximos, todos órfãos do dr. Pedro. Cada um trazendo uma história e um detalhe. Como é importante para nós família do Pedro, filhos do Pedro e irmão do Pedro. Estava conversando com o ciclista (Moacir Itoum) que fez o último treinamento com o Pedro. Ele estava de bicicleta e o Pedro correndo e ele foi a última pessoa com quem o Pedro conversou”, lembrou Luciano Caldas.

Luciano Caldas disse, ainda, que o encontro foi emocionante e agora a expectativa fica para o julgamento. “Espero que tenhamos um resultado justo. Estamos aqui todos torcendo pelo Pedro”, concluiu.