A Polícia Civil do Tocantins conclui nessa terça-feira, 3, o inquérito que apurava as circunstâncias da morte do adolescente Luiz Carlos de Oliveira Nascimento, de 17 anos e indiciou um homem como sendo um dos autores do crime.
As investigações foram realizadas pela 7ª Divisão de Combate ao Crime Organizado (7ª DEIC), de Porto Nacional, sob o comando do delegado-chefe da Unidade Especializada Túlio Pereira Motta e apontaram que o menor foi morto por dois adolescentes e um adulto de seu convívio, possivelmente, em razão de dívidas de drogas e razões passionais.
Segundo a autoridade policial, as investigações visando localizar o paradeiro do adolescente tiveram início logo depois que a família procurou a Polícia Civil e relatou que o jovem estava desaparecido desde o dia 1º de dezembro de 2021. “De imediato iniciamos as diligências e alguns dias depois, mais precisamente em 21 de dezembro, policiais militares encontraram um cadáver na região do Assentamento Prata, na zona rural de Porto Nacional”, disse o delegado.
Na oportunidade, os militares conduziram uma testemunha à 11ª Central de Atendimento da Polícia Civil em Porto. A partir daí, as investigações foram intensificadas, sendo que as equipes da 7ª DEIC descobriram que o jovem teria sido morto, possivelmente, por três pessoas, sendo um adulto e dois adolescentes.
O corpo da vítima foi encontrado em adiantado estado de putrefação, sendo que exames periciais comprovaram que Luiz Carlos foi degolado e sofreu ferimentos na coluna cervical, ocasionados, provavelmente, por uma faca. As investigações apontaram ainda que após a localização do corpo da vítima, os supostos autores fugiram do assentamento em que residiam.
O delegado Túlio Motta, esclarece que: “Para desvendar o crime, o fator primordial foi a interação dos departamentos policiais, pois, a informação inicial foi recebida pela Polícia Militar e analisada pela Polícia Civil. Além disso, cabe destacar que em virtude do adiantado estado de decomposição, fez-se necessário aguardar a realização de confronto genético para identificar, de fato, a vítima”.
O delegado frisou ainda que diante da possível participação de adolescentes, o inquérito será remetido à delegacia especializada para apurar atos infracionais análogos a homicídio e ocultação de cadáver. Com relação ao adulto, o Ministério Público já está de posse do relatório final para tomar as providências que entender cabíveis.