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Cultura

Foto: Divulgação

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O poeta tocantinense Gilson Cavalcante lança, no próximo dia 18, em São Luís do Maranhão, seus dois últimos livros. O evento acontece no Poeme-se, em meio às festividades do tradicional Boi. Na oportunidade o público leitor terá acesso às obras poéticas “A arte de desmantelar calendários” e “O Amor não acende velas”.

Morador de Taquaruçu, no Tocantins, Gilson, que também é jornalista, resume a obra pela singularidade da mesma e, como ele mesmo diz: “neste livro, eu sangro mais”. Com uso da metalinguagem, os poemas da obra discorrem sobre o tempo, acúmulos, humor, erotismo, excessos e a infinita busca para completar o vazio existencial.

“Eu só escrevo o que eu vivo. Eu sempre falo que para fazer poesia, tem que sangrar. Se não sangrar, não é verdadeira a poesia”, comenta o autor, que gosta não só de escrever, mas de declamar os próprios poemas, sendo um slammer do cerrado, com seus vídeos declamando os textos no Instagram.

Nascido sob o signo de escorpião com ascendente de escorpião - não que o zodíaco tenha tanta importância na obra do poeta, ele comenta que se encontra nas sobras e que escreve em diferentes momentos, tanto na solitude, como no convívio com outras pessoas. “Às vezes estou numa conversa e alguns lampejos vem, aí eu só anoto e aquilo serve de motivo para criar algum poema. Eu não gosto de viver com pessoas medíocres, mas o que seria do mundo sem elas? Eu não me divertiria, né?”, brinca.

Com prefácio de Gesimário de França Carvalho, o livro sai pela Cultivo Projetos Criativos e é uma reunião de poemas escritos tanto antes quanto durante a pandemia e chega para celebrar o momento do autor, que revela que se esforça para fazer uma poesia acessível. “Estou nessa labuta, de fazer a poesia numa linguagem mais gostosa, acessível e que traga uma mensagem boa para quem a lê e tem acesso a ela. Não precisa entender, mas sentir”.

A poesia de Gilson é repleta de imagens e contam com um escritor experiente, que sabe ali exatamente o que sente e o que quer narrar. Pelas mãos do poeta, bem como pela sua voz ao declamar os textos, o leitor tem uma experiência única que vai na via da identificação. Gilson escreve sobre as coisas do cotidiano a partir do que sente. E quem de nós não sente? “Como diz o ‘Norberto Noleto: viver é muito pouco. Eu estou sempre em busca. A poesia, às vezes, me dá a sensação de completude”, afirma.

Além deste livro, financiado com recursos da Lei Aldir Blanc, Gilson lançou, no mês de julho do ano passado o livro “O amor não acende velas (canção do corpo ausente); no início deste ano, Gilson lançou também um disco com suas próprias composições.

Sobre o autor

Gilson Cavalcante é jornalista e poeta e este é seu décimo livro. Anteriormente, publicou: “69 Poemas- Dos Lençóis e da Carne”, em parceria com Hélverton Baiano, “Lâmpadas ao Abismo”. “Ré/Ínventário da Paisagem”, “Poemas da Margem Esquerda do Rio de Dentro”, este contemplado com menção especial no concurso literário nacional Prêmio Cidade de Juiz de Fora, em 2002, “O Bordado da Urtiga”, prêmio da Bolsa de Publicações Maximiano da Matta Teixeira, 2008, da Fundação Cultural do Tocantins, e “Anima Animus - O Decote de Vênus”, (2009). “Bonsai de Palavras” foi um livreto de hai-kais. Depois de vencer o histórico e concorrido concurso da Bolsa de Publicações Hugo de Carvalho Ramos, em Goiás, em 2011, o poeta recebeu o Troféu Goyazes 2011, no campo da poesia. A honraria é da Academia Goiana de Letras. Gilson Cavalcante, agora, coloca do mercado editorial mais duas obras poéticas: este A Arte de Desmantelar Calendários e O Amor Não Acende Velas, totalizando 10 obras publicadas.

Para comprar a obra e saber mais sobre o poeta, acesse: www.gilsoncavalcante.com, ou https://www.instagram.com/gicante60/.