Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Saúde

Foto: Divulgação APN

Foto: Divulgação APN

As altas temperaturas registradas em Palmas, especialmente durante a estiagem (maio a setembro) favorecem o aparecimento de escorpiões dentro de casa e possíveis acidentes. O biólogo e analista da Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses (UVCZ) da Secretaria Municipal da Saúde (Semus), Anderson Brito, explica que para fugir do calor, o escorpião procura ambientes mais frios e úmidos. Assim, para evitar a visita indesejada desses animais peçonhentos, bem como ser picado por eles, é importante saber como proceder. Brito informa que neste ano, de janeiro a julho, a UVCZ registrou 121 acidentes com estes animais. Em 2021, foram 202. 

Animal invertebrado da classe dos aracnídeos, o escorpião tem expectativa de vida de até dez anos e ele se alimenta de grilos, cupins, pequenas aranhas, cigarras e baratas. Ele orienta que, para evitar a ocorrência deles, é necessário diminuir a presença desses insetos. Porém, conforme o especialista, só isso não é suficiente. “Outras medidas devem ser adotadas, pois mesmo com a desinsetização o escorpião pode sobreviver, uma vez que ele tem a capacidade de ficar dias sem comer, sem beber e sem se movimentar, pois consegue ficar muito tempo com o estigma pulmonar fechado”, observa.

Dessa forma, manter o quintal, sótão, garagens e depósitos sempre limpos, evitar acúmulo de materiais, como entulhos, restos de construção, madeira, folhas secas e lixo são os primeiros cuidados a serem tomados. Além disso, o biólogo aconselha a vedação das soleiras de portas, usar telas em ralos, tapar com reboco frestas e vãos de paredes e muros, examinar calçados, roupas e toalhas antes de usá-los e afastar camas e berços das paredes, além de não utilizar mosquiteiros e roupas de cama que esbarram no chão.

Incidência

O biólogo Anderson Brito informa que em Palmas já foram encontradas sete espécies de escorpião. As espécies que mais ocorrem e as que mais causam acidentes na Capital são: Jaguajir agamemnon (escorpião marrom) e Tityus confluens (escorpião amarelo, mas bem menos perigoso). “Todos possuem veneno e a capacidade de injetar este veneno. A diferença entre as espécies consideradas perigosas e não perigosas está na ação deste veneno no homem”, explica.

O que fazer quando encontrar um escorpião?

Ao encontrar um escorpião, a pessoa deve matá-lo e colocá-lo em um frasco com álcool e entrar em contato com a UVCZ para que uma equipe seja enviada para fazer uma vistoria no local e investigar de onde surgiu, se há outros animais peçonhentos e assim eliminar a fonte. O telefone para contato na unidade é 3212-7918.

E  o que fazer se for picado?

A pessoa deve procurar imediatamente a Unidade de Saúde da Família (USF) mais próxima ou uma das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) para conter o veneno e iniciar o tratamento. Se possível, deve levar consigo o escorpião. Recomenda-se também colocar uma compressa de gelo para amenizar a ação do tóxico e o desconforto local. (Secom Palmas)