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Polí­cia

Foto: Patrícia Paiva

Foto: Patrícia Paiva

Com o objetivo de dar cumprimento a 18 mandados judiciais de prisão preventiva e de busca e apreensão contra indivíduos suspeitos de integrar uma organização criminosa do Estado do Maranhão e que vinham agindo em Augustinópolis, no extremo norte do Estado, a Polícia Civil do Tocantins (PC-TO) deflagrou, nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira, 12, a segunda fase da operação “Absterge”.

Durante toda a manhã, um grande efetivo de policiais civis, militares e penais do Grupo de Operações Penitenciárias Especiais (GOPE), com apoio do Ministério Público Estadual (MPE), saiu às ruas da cidade de Augustinópolis onde foram realizadas as prisões de nove pessoas, sendo duas mulheres e sete homens com idades entre 19 e 34 anos. Também foram apreendidos dois adolescentes infratores, ambos com 16 anos, por atos infracionais análogos a organização criminosa e associação para o tráfico, além de vários aparelhos celulares e porções de drogas. 

Após o cumprimento dos 46 mandados judiciais durante a primeira fase da Operação “Absterge”, deflagrada no último dia 15 de agosto, a PC-TO, por meio de ação realizada pela 12ª Delegacia de Augustinópolis, conseguiu aprofundar as investigações sobre a facção criminosa que buscava se enraizar no município, obtendo importantes elementos de prova contra novos integrantes da organização.

“Nesta segunda fase da operação foram cumpridos 18 mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão domiciliar, sendo que mais 11 pessoas serão levadas à Justiça pela prática dos crimes de organização criminosa, associação para o tráfico de drogas e outras infrações penais”, explicou o delegado Jacson Wutke. Durante os trabalhos policiais, uma mulher também foi presa em flagrante por resistência à prisão. 

Como atuavam

Ainda segundo o delegado Jacson, a organização criminosa é investigada pela Polícia Civil por sua atuação voltada à prática dos crimes de tráfico de drogas, homicídio e tortura de integrantes de facções rivais. “Normalmente os atos eram gravados e divulgados pela própria organização criminosa nas redes sociais com objetivo de aterrorizar a população e reafirmar a sua suposta e autoproclamada autoridade no submundo do crime'', contou o delegado.

O delegado destacou ainda que a Polícia Civil não descarta a possibilidade da realização de uma nova fase da operação. “As investigações continuam e se, eventualmente, identificarmos que a organização criminosa busca meios de se manter ativa em Augustinópolis, certamente haverá uma terceira fase. E, em sendo o caso, uma quarta, quinta e quantas outras fases forem necessárias. A operação ‘Absterge’ só vai se encerrar quando cumprir a sua missão: extirpar integralmente essa facção criminosa de nossa cidade”. 

Além do cumprimento dos 19 mandados, a expectativa é de que, ainda hoje, com base nas novas provas apresentadas, o Poder Judiciário atenda ao pedido da Polícia Civil para realizar a conversão das 13 prisões temporárias anteriormente decretadas em prisões preventivas (sem prazo para acabar).

Operação Integrada

O secretário da Segurança Pública do Tocantins, Wlademir Costa, acompanhou in loco, a 2ª fase da operação “Absterge” e ressaltou a importância da ação para o combate à criminalidade na região do Bico do Papagaio.

“É importante que a Segurança Pública possa dar uma pronta resposta às organizações criminosas que tentam criar raízes no Extremo Norte do Estado para que a sociedade possa ter mais tranquilidade e paz.  A 2ª fase da operação “Absterge reforça o comprometimento da Polícia Civil do Tocantins e das demais forças de segurança que, de forma unida e integrada, juntamente com o Ministério Público, na pessoa do promotor Paulo Sérgio Ferreira, se uniram mais uma vez para que a operação fosse exitosa e alcançasse os objetivos, fazendo com o que crime organizado não prospere na região”, destacou. 

O promotor Paulo Sérgio Ferreira, titular da Comarca de Augustinópolis, destacou a relevância da operação para a manutenção da segurança e elogiou a harmonia das forças de segurança e do Ministério Público. 

“A execução da operação foi uma grande demonstração do bom funcionamento do serviço público, no qual Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Penal, trabalhando em conjunto, realizaram uma operação que foi muito exitosa, pois todos os mandados judiciais foram cumpridos, demonstrando a integração das forças de segurança em defesa do cidadão”, frisou. 

A operação também  contou com  o apoio do juiz da Comarca Alan Ide Ribeiro da Silva, visto que os mandados de prisão foram deferidos em tempo célere, permitindo a deflagração da 1ª e 2ª fases da operação “Absterge”. “O magistrado Alan Ide apoiou as ações da Polícia Civil por meio da expedição dos mandados judiciais que eram extremamente importantes, pois trata-se de organização criminosa de alta periculosidade. Assim, essa parceria com o Poder Judiciário nos permitiu cumprir com ainda mais celeridade nossa missão”, pontuou o delegado Jacson. 

O delegado-regional Eduardo Morais Artiaga reforçou que os objetivos foram atingidos, com todos alvos presos. Ele também frisou sobre a demonstração da união das forças de segurança no combate à criminalidade. “Os bons resultados demonstram que o Estado está presente na região, fazendo um serviço de segurança pública ainda mais eficiente e que é um direito de todos”, destacou. (SSP/TO)