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Saúde

Dra. Patrícia Amorim, endocrinologista e consultora médica do Sabin Medicina Diagnóstica do Tocantins

Dra. Patrícia Amorim, endocrinologista e consultora médica do Sabin Medicina Diagnóstica do Tocantins Foto: Divulgação

Foto: Divulgação Dra. Patrícia Amorim, endocrinologista e consultora médica do Sabin Medicina Diagnóstica do Tocantins Dra. Patrícia Amorim, endocrinologista e consultora médica do Sabin Medicina Diagnóstica do Tocantins

Pequena em tamanho, mas poderosa em sua função, a tireoide é uma glândula do sistema endócrino responsável pela produção de hormônios que regulam o metabolismo corporal. Localizada na região do pescoço, a tireoide atua no funcionamento do coração, cérebro, fígado e rins. A glândula interfere também no crescimento e desenvolvimento das crianças e dos adolescentes, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, no peso, na memória, na concentração, no humor e no controle emocional. 

“Distúrbios na tireoide podem influenciar diretamente na saúde e no bem-estar do indivíduo. Se a produção de hormônios for insuficiente, temos a condição chamada de hipotireoidismo, onde o organismo começa a funcionar mais lentamente. Com isso, o coração e o próprio metabolismo da pessoa ficam mais lentos, o que pode resultar em constipação intestinal, pele seca, sonolência, falta de concentração e memória, cansaço e até depressão, além de contribuir para o aumento do peso, entre outras alterações”, explica a doutora Patrícia Amorim, endocrinologista e consultora médica do Sabin Medicina Diagnóstica do Tocantins.

Segundo a endocrinologista, quando a glândula produz hormônios em excesso, o paciente desenvolve a condição chamada hipertireoidismo, que faz com que o organismo fique mais acelerado. “Nesta condição, a pessoa pode apresentar um quadro de taquicardia, que é o aumento do número de batimentos cardíacos, além de quadro de irritabilidade, mau humor, insônia, tremores, perda de peso, aumento do número de defecações, pele úmida, aumento do calor e suor excessivo, dentre outras alterações”, explica a médica.

Outra doença que pode afetar a tireoide é o câncer, que acomete três vezes mais as mulheres do que os homens. Os carcinomas diferenciados são os tipos mais frequentes. Dados do INCA relativos a 2018, revelam que o câncer de tireoide é o 5º tumor mais frequente em mulheres nas regiões Sudeste e Nordeste do país (sem considerar o câncer de pele não-melanoma). Se detectado precocemente, as chances de cura são de cerca de 95%.

Exames clínicos auxiliam o diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é realizado com o auxílio de exames clínicos. Por meio de uma amostra de sangue é possível verificar os níveis dos hormônios T3, T4 livre, TSH. Também podem ser solicitados alguns anticorpos, como anti-tireoglobulina e antiperoxidase, por exemplo. O médico que acompanha o paciente é quem avalia o laudo do laboratório e faz o diagnóstico e indica o tratamento. Exames de imagem, como ultrassom ou cintilografia da tireoide, também podem ser úteis para avaliar nódulos na glândula.

O tratamento para os distúrbios da tireoide vai depender das causas da doença em cada paciente e deve ser iniciado assim que o problema for diagnosticado. O diagnóstico precoce aumenta a possibilidade de tratamentos menos agressivos e com taxas de sucesso mais satisfatórias. De acordo com os sintomas e os resultados dos exames, o especialista poderá indicar o uso de medicamentos para regular a função da glândula. Em alguns casos de incidência de câncer, também poderá ser indicada a realização de cirurgia para sua remoção.