Realizada pelo Instituto Indígena do Tocantins (Indtins), a campanha Tocantins Indígena pela Vida chega a seu último mês de arrecadação em novembro. Criada em junho deste ano, a iniciativa visa angariar fundos para realizar um grande ato contra o Marco Temporal, uma medida judicial que está sendo julgada no Supremo Tribunal Federal (STF) e que pode restringir as demarcações de Terras Indígenas.
O primeiro Acampamento Terra Livre (ATL) do Tocantins reunirá em Palmas as lideranças dos 12 Povos Indígenas do estado. Vice-presidente do Indtins, Paulo André Karajá explica a importância do evento. “Além de reivindicar o fim do Marco Temporal, pela primeira vez nós vamos reunir todos os Povos do estado, a intenção é realizar uma grande discussão sobre os problemas que as comunidades sofrem para nós levarmos essas demandas ao Governo estadual e federal”.
Diretamente de Cairo, no Egito, o professor de inglês, Bruno Bastos, já doou para a campanha, ele conta os motivos de ter colaborado com a ação. “Pensar globalmente, agir localmente. Essa é a razão que me leva a contribuir financeiramente com o Indtins. A questão indígena no Brasil e mundo é uma que demanda mudanças de pensamento, mas sobretudo de ações políticas. Tais mudanças não ocorrerão, contudo, se as demandas indígenas locais não estiverem no centro do debate”.
Para doar é possível fazer uma transferência para o pix comunicaindtins@gmail.com, a meta da campanha é chegar a 50 mil reais arrecadados, os recursos serão usados no transporte das lideranças, na alimentação durante o evento. Além das manifestações contra o marco temporal e do envio de reivindicações coletivas ao Governo, o ATL também pretende realizar formações para capacitar as comunidades em meios de captação de recurso para preservação do meio ambiente e promoção da cultura originária.
Conheça o Indtins
Lutando há 20 anos pelos direitos dos Povos Indígenas, o Indtins compõe o Conselho de Promoção de Igualdade Racial do Tocantins (CEPIR), foi uma das organizações responsáveis pela realização do I encontro Nacional de Políticas públicas de Segurança e proteção da Mulher Indígena, e encaminha denúncias de exploração do meio ambiente e violação dos direitos originários a impressa e a Justiça.
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