Etnias do Tocantins estarão na III Marcha das Mulheres Indígenas, em Brasília, de 11 a 13 de setembro. O evento representa a principal mobilização de mulheres indígenas do país, e é promovido pela Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga), sob o tema “Mulheres Biomas em Defesa da Biodiversidade pelas Raízes Ancestrais”.
A organização da delegação das mulheres indígenas do Estado está sob a articulação do Coletivo de Mulheres que faz parte do Instituto Indígena do Tocantins (Indtins), com apoio de várias entidades.
Além das atividades da organização do evento, a coordenação da delegação tocantinense articulou um amplo roteiro de atividades, que prevê oficinas de salvaguardas e de troca de saberes artesanais; fogueira sagrada; audiência pública com parlamentares; e rodas de conversa sobre economia solidária, soberania, segurança alimentar e desenvolvimento agrícola.
A previsão é que a maioria das mulheres tocantinenses cheguem à capital federal no sábado, 9. Do Tocantins, participam mulheres de várias etnias, como Krahô, Krahô-Kanela, Karajá, Xerente, Apinajé, Ava-Canoeiro, Xambioá, Javaé e Pankararu, que ficarão instaladas na Tenda das Mulheres do Tocantins, no Centro Cultural Funarte ou serão acolhidas em residências de colaboradoras da Marcha.
Elisatebe Xerente, membro do Coletivo de Mulheres no Indtins e coordenadora da articulação da Marcha no Estado, ressalta que o evento é uma oportunidade de se fortalecer a luta por direitos, por meio do debate coletivo. “Estamos marchando até Brasília para ampliar politicamente as nossas vozes em temas importantes, como as violências e a falta de oportunidade que enfrentamos; a deterioração da nossa cultura, a insegurança alimentar, o meio ambiente e o marco temporal”, cita ela.
Sororidade
Além da estrutura de acampamento oferecida pela organização, as mulheres tocantinenses também contarão com acolhimento de grupo de mulheres da cidade. Estas receberão em suas casas mulheres da floresta, numa experiência de sororidade indígena. Haverá momentos de trocas entre elas, como na oficina de saberes artesanais e fogueira sagrada, onde haverá celebração e apresentações.
Programação
O roteiro de atividades da delegação do Tocantins inicia no domingo, 10, às 8h30, com a oficina Salvaguardas e Direitos dos Povos Indígenas, ministrada pelo Instituto Puro Cerrado. Já no dia 12, haverá audiência pública sobre o Fundo de Participação das Aldeias Indígenas (Fundo Cerrado), com parlamentares, das 9h às 12h; rodas de conversa sobre Economia Solidária, às 14h; e sobre o programa Quintais Produtivos nas Aldeias Indígenas, às 15h30.
As rodas de conversa continuam no dia 13, às 14 horas, com o tema “Tempo de plantar nas aldeias indígenas – organizando uma comunidade que sustenta a regeneração”; e às 15 horas, com o tema “Projetos de Universidades Indígenas Decoloniais UniKrahô”.
As atividades programação oficial da organização nacional estão disponíveis no endereço no site da Anmiga, pelo endereço https://anmiga.org/iii-marcha-das-mulheres-indigenas-2023/
Apoio
A participação das mulheres do Tocantins no evento conta com o apoio do Governo do Tocantins, por meio da Secretaria dos Povos Originários e Tradicionais; da Fundação Amazônia Sustentável; do Instituto Puro Cerrado; da Fundação Nacional dos Povos Indígenas; do Coletivo do Distrito Federal de Apoio aos Povos; de Indígenas do Tocantins; do Instituto Regenerativo Tempo de Plantar (DF); da Feira Ponta Norte (DF); do Sindicato dos Professores do Distrito Federal; da Embrapa Cerrado; do Ministério do Desenvolvimento Agrário; do Ministério da Ciência e Tecnologia e da Rede Impãtuw.
Programação
Dia 10/09 – domingo
8h30 - Oficina Salvaguardas e Direitos dos Povos Indígenas
Dia 11/09 – terça-feira
Programação oficial da organização nacional
Dia 12/09 – terça-feira
9h às 12h - Audiência Pública: Fundo de Participação das Aldeias Indígenas (Fundo Cerrado)
14h - Roda de conversa: economia solidária
15h30 - Roda de conversa: Programa quintais produtivos nas aldeias indígenas
Dia 13/09 – quarta-feira
14 horas – Roda de conversa: Tempo de plantar nas aldeias indígenas – organizando uma comunidade que sustenta a regeneração
15 horas – Roda de conversa: Projetos de Universidades Indígenas Decoloniais UniKrahô. (Indtins)