Decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, da madrugada desta segunda-feira, 9, afasta o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, por 90 dias. Ibaneis, assim como o secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres (ex-ministro de Jair Bolsonaro), teriam se omitido das suas responsabilidades em conter os atos terroristas desse domingo, 8, onde criminosos bolsonaristas invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo.
Moraes ainda determina a desocupação e dissolução total, em 24 horas, dos acampamentos realizados nas imediações dos quarteis generais e de outras unidades militares para a prática de atos antidemocráticos e prisão em flagrante de seus participantes. Também determina a desocupação, no mesmo período, de todas as vias públicas e prédios públicos estaduais e federais em todo o território nacional, e ainda a apreensão e bloqueio de todos os ônibus identificados pela Polícia Federal e que levaram os terroristas para o Distrito Federal. "Os proprietários deverão ser identificados e ouvidos em 48 horas, apresentando a relação e identificação de todos os passageiros, dos contratantes do transporte, inclusive apresentando contratos escritos caso existam, meios de pagamento e quaisquer outras informações pertinentes".
Com o afastamento de Ibaneis, quem assume o governo é a vice, Celina Leão (PP).
Saiba Mais
Criminosos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, inconformados com o resultado das eleições, invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o STF. A invasão começou após barreira formada por policiais militares na Esplanada dos Ministério, que estava fechada, ter sido rompida. O Congresso Nacional foi o primeiro a ser invadido, com os manifestantes ocupando a rampa e soltando foguetes. Depois eles quebraram vidros do Congresso Nacional e danificaram o plenário da Casa.
Após a depredação no Congresso, eles invadiram o Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo e o STF. No STF, quebraram vidros e móveis.