O deputado federal Eli Borges (PL) afirmou que a Frente Parlamentar Evangélica do Congresso está unida, mesmo após o episódio vexaminoso protagonizado por seus representantes no início do mês durante votação para presidência do grupo. “Fomos para a votação de forma cristã e, graças a Deus, foi uma boa votação, mas por problemas secundários não se sequenciou e aí, Deus foi misericordioso, a Frente está unida e eu estou presidindo a Bancada Evangélica”, garantiu.
No dia 2 de fevereiro, a bancada se reuniu para eleger o presidente do grupo, pela primeira vez desde que foi fundada em 2003. A praxe era de se escolher o líder por aclamação. Durante a votação, houve confusão, bate-boca e denúncia de fraude. O processo foi anulado pelo então presidente da bancada, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).
Nesta quarta-feira, 8, após articulação do deputado federal paulista Cezinha Madureira (PSD), o grupo chegou a um consenso: Eli Borges e Silas Câmara (Republicanos-AM) se revezarão na liderança da Frente a cada seis meses, pelos próximos dois anos.
“Estarei comandando a Frente até o mês de julho. No segundo semestre, o pastor Silas Câmara; e no próximo ano outra vez eu revezo e volto a presidir a Frente. E depois ele sequencia” [sic], explicou Borges.
O parlamentar disse ainda que a Frente está se organizando em comissões e agradeceu pelo apoio que recebeu dos colegas de parlamento.
O deputado federal Vicentinho Júnior (PP-TO) recebeu o colega de bancada no gabinete e o parabenizou pela conquista da liderança. “Hoje, é com muita alegria que um parlamentar do estado do Tocantins assume, depois de uma luta árdua, com muita coragem, muita sabedoria, a Frente Parlamentar Evangélica e assume a presidência.”
Em discurso, o novo presidente disse que terá uma relação respeitosa com o governo federal, mas que a postura da bancada será de enfrentamento à pauta ideológica. Eli Borges é pastor da Assembleia de Deus Ministério Madureira e acaba de tomar posse para seu segundo mandato na Câmara dos Deputados. O político tem prestígio entre apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).