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Saúde

Foto: Divulgação

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Em vídeo enviado ao Instituto Indígena do Tocantins (Indtins), a bebê Lorrayne Krahô vomita após ter tomado água do córrego que passa por sua aldeia, Morro Grande, localizada no norte do estado, próxima ao município de Itacajá. A menina é a terceira criança que adoece após entrar em contato com a água e lideranças indígenas revelam que acima da aldeia há uma plantação de soja e criação de animais. Os líderes denunciam que as fezes e agrotóxicos das atividades agrícolas caem no curso d’água quando há chuva.

José Messias Krahô, cacique da aldeia Morro Grande, reclama que governantes e parlamentares só procuram o Povo Krahô (autodenominado Mehin) durante as eleições. “Estou aqui no maior sofrimento, necessidade de abastecimento de água, atendimento de saúde, mais educação, nós não temos quase as estradas, pessoal fala que vem ajudar, só quer procurar o Mehin quando está em época de política”.

A água usada para cozinhar a merenda na Escola indígena Mangabeira, Extensão Capekwyj, também vem do mesmo córrego. A comunidade, que já completa cinco anos de existência, não possui poço artesiano ou caixa d’água. Além da falta de saneamento básico, o cacique José Messias Krahô expõe que a aldeia é de difícil acesso devido à falta de pontes e estradas e ainda que os indígenas não têm energia elétrica, pois as placas solares instaladas nunca receberam manutenção.

O Indtins registrou a denúncia junto a Ouvidoria do Ministério Público Estadual (MPETO), oficiou à Coordenação do Distrito de Saúde Indígena do Araguaia (DSEI) e ainda a Secretária Estadual de educação (Seduc) solicitando o estabelecimento de saneamento básico e a construção de um poço artesiano na escola da comunidade.

Denuncie ao Indtins

Criado há 21 anos, o Instituto Indígena do Tocantins tem como missão lutar pelos direitos dos Povos Indígenas, assim a Organização recolhe denúncias de violação dos direitos Originários e as encaminha para a Justiça e imprensa regional. Para enviar uma denuncia ao Instituto basta preencher um formulário online, não é necessário se identificar ao fazer a denúncia.