Após as Câmaras Municipais de Palmas e Araguaína aprovarem abertura de comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar a concessão do serviço de abastecimento de água à BRK nas duas cidades, agora os vereadores de Dianópolis, a 350 km da capital, também querem investigar a prestação do serviço pela empresa naquele município.
Nesta terça-feira, 7, após um domingo inteiro sem água, os moradores foram surpreendidos com lama saindo das torneiras. “Só água suja. Não dá para usar para nada. Isso é barro”, reclamou Maria da Silva, dona de casa e moradora de Dianópolis.
O vereador dianapolino Marcelo Rodrigues (Podemos) disse ao Conexão Tocantins que vai propor a abertura de CPI para investigar o contrato com a BRK. “Já falei com os pares e todos são favoráveis à abertura da CPI pois já estamos há três anos desse jeito. A água falta direto e quando volta é barrenta, não serve para o consumo”, justificou Rodrigues.
O vereador disse ainda que a Câmara realizou audiência pública com a presença de representantes da BRK em fevereiro do ano passado, ocasião na qual a empresa teria se comprometido a solucionar os problemas. “Não resolveram nada e sempre vêm com a justificativa de que são problemas técnicos, mas isso é descaso com a população. Já os procurei pessoalmente, já acionei o Procon, mas nada funciona. O caminho agora é a CPI”, pontuou.
O vereador ainda não elaborou o requerimento, mas disse que pretende apresenta-lo nas próximas sessões da Casa.
CPIs
Em Palmas, os vereadores já indicaram os membros da comissão que vai investigar supostas irregularidades no contrato de concessão para a exploração dos serviços públicos de água e esgotamento sanitário e seus aditivos, pela empresa BRK Ambiental, no período de 1991 a 2021.
Em Araguaína os parlamentares aprovaram o pedido de instalação da CPI por unanimidade. Os vereadores alegam que a revisão dos termos da concessão é necessária para garantir que a empresa cumpra com todas as suas obrigações contratuais.
Sem notificação
Apesar de duas CPIs encaminhadas e mais uma engatilhada em Dianópolis, a BRK Ambiental informou “que ainda não foi notificada, mas está à disposição para prestar os esclarecimentos necessários”.