Segundo dados do “Painel de Saneamento Brasil”, a partir das informações públicas mais recentes do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) e do Datasus, portal do Ministério da Saúde, o Nordeste é a região com mais casos de internações por doenças de veiculação hídrica - foram mais de 59 mil internações em 2021. Por outro lado, no Norte, ocorreram 25 mil hospitalizações por enfermidades associadas à falta de saneamento.
A maior parte das internações por doenças foi provocada pela falta de saneamento básico. Como um dos maiores desafios, na região Nordeste apenas 30,2% da população possui coleta de esgoto - enquanto apenas 35,5% do esgoto produzido é tratado. A mesma dificuldade é vista no Norte do País, onde somente 14% da população possui coleta de esgoto e somente 20,6% do esgoto gerado é tratado.
Em 2021, as mais de 84.000 mil hospitalizações decorrentes das internações por doenças de veiculação hídrica nas regiões Norte e Nordeste, resultaram num custo de aproximadamente R$ 33 milhões. A região Nordeste apresenta a maior despesa com internações por doenças de veiculação hídrica: R$ 23,3 milhões, enquanto no Norte os gastos foram de R$ 9,3 milhões. A falta de acesso à água tratada e ao esgotamento sanitário resultaram em 2021, em um total de 746 óbitos nas regiões.
Tabela 1 - Indicadores de saúde nas regiões brasileiras em 2021
Fonte: Datasus 2021/ Painel Saneamento Brasil
Ainda relacionando saneamento e doenças em 2021, os dados mostram que o País teve uma despesa de mais de R$ 54 milhões por doenças de veiculação hídrica (diarreicas, dengue, leptospirose, esquistossomose e malária).