O Brasileirão é, sem dúvidas, um dos maiores campeonatos de futebol do mundo. A competição é dividida em quatro séries e ultrapassa os 100 clubes em um país continental como o Brasil e com uma tradição futebolística com poucos semelhantes.
Quem olha de fora pode até ter um pouco de dificuldades para entender. Ainda mais com o advento das apostas esportivas online em sites como o https://br.parimatch.com/pt/football-brasileirao, que permitem apostar na Série A, mas também na B, C e até na D, saber como funcionam as competições, quais são os melhores times em cada edição e seus mercados é um ponto muito positivo.
Antes de explicar a história complicada do Brasileirão e suas muitas mudanças, vale a pena repassar a atual situação.
Quais são os formatos do Brasileirão
A Série A do Campeonato Brasileiro é bastante similar às principais ligas europeias. São 20 clubes que jogam entre si duas vezes, uma em cada casa, por 38 rodadas. O sistema é de pontos corridos e quem somar mais pontos vence o Campeonato Brasileiro. Os quatro piores são rebaixados para a Série B. As vagas para as competições internacionais podem variar, mas os quatro primeiros estão garantidos diretamente na Libertadores do ano seguinte.
O que diferencia o Brasileirão das outras principais ligas é que ele não se estende por todo o calendário anual, que também se diferencia pelo fato que começa no começo do ano e termina no fim, diferentemente do calendário europeu (que tem datas entre agosto e setembro até maio).
O Brasileirão começa apenas em abril (normalmente) e termina em novembro, espremendo as datas nesses meses e basicamente ignorando o fato que há outras competições como Copa do Brasil, Libertadores e Sul-Americana. Até este ano, ignorava até os jogos das seleções, não parado nas Datas FIFA, algo que é amplamente adotado no mundo. Pelo menos em 2023 isso mudou.
Isso dá ao Brasileirão uma velocidade frenética e castiga as equipes com elencos curtos, além de encher os departamentos médicos.
A Série B tem exatamente o mesmo formato, depois de anos usando um sistema diferente quando a Série A já tinha os pontos corridos (desde 2003). Os quatro primeiros conseguem o acesso para a elite do futebol brasileiro, enquanto os 4 últimos são rebaixados.
Já as Séries C e D operam de forma diferente. A terceira divisão mudou recentemente. Agora também tem 20 clubes, mas eles jogam entre si apenas uma vez. Os quatro piores nessa fase são rebaixados. Os oito primeiros avançam e são colocados em dois grupos de quatro, com jogos de ida e volta dentro dos grupos. Os dois melhores de cada grupo conquistam o acesso e os melhores de cada grupo farão uma final para saber quem é o campeão da Série C.
A Série D é uma loucura. Criada em 2009, ela tem 64 clubes na edição de 2023, divididos em 8 grupos separados por região. Os quatro primeiros de cada grupo passam para um mata-mata e os semifinalistas já estão garantidos na Série C do ano seguinte.
As idas e vindas dos formatos
Por muitos anos o Brasileirão relutou em adotar o sistema de pontos corridos de forma contínua e todo tipo de formato foi adotado: seja um mata-mata clássico, quadrangulares, triangulares...
A atual era do Brasileirão é sem dúvidas a mais estável de sua história, sendo que essa história pode ter começado no final dos anos 50 ou em 1971, depende para quem você pergunta. Depois de anos afirmando que era em 1971, a CBF aceitou o pedido de clubes que conquistaram a Taça Brasil e o Roberto Gomes Pedrosa nas décadas anteriores.
Em 2003, o Brasileirão começou a ser jogado com turno e returno e após um começo mais inchado, finalmente chegou a 20 clubes em 2006 e não mudou mais. De vez em quando há alguns pedidos pela volta do mata-mata, que criou muitas finais históricas ao longo das décadas, mas cada vez mais esses pedidos são rejeitados logo na origem.
Por que o Brasileirão é diferente?
Se seu formato atual não é tão inovador, por que o Brasileirão é diferente? Há muitas respostas para essa pergunta. A primeira delas é a magnitude. O Brasil é um país enorme, muito maior que o Reino Unido, França, Espanha, Alemanha e Itália. Mais de quatro mil quilômetros separam Porto Alegre de Fortaleza, quase seis horas de avião. Portanto é isso que Grêmio e Internacional têm que encarar ao pegar o Fortaleza no Castelão e vice-versa.
E ao fazer essa viagem, os clubes vão encarar estádios cheios com torcedores apaixonados e torcidas na casa dos milhões. Não há simples times de bairro no Brasileirão e todos eles tem sua tradição regional, nacional e em alguns casos até continental e mundial.
Apesar de nos últimos anos o poder financeiro ter se concentrado em alguns times e as conquistas também, todo ano o Brasileirão tem vários favoritos e desde que os pontos corridos começaram em 2003, são vários os campeões. Essa mudança em quem levanta o troféu não é tão vista nas principais ligas europeias.
A efeito de comparação, apenas Barcelona, Real Madrid, Atlético de Madrid e Valencia venceram La Liga desde 2003. Na Alemanha, no mesmo período, apenas Werder Bremen, Bayern de Munique, Stuttgart, Wolfsburg e Borussia Dortmund. Na Itália, Milan, Inter e Juventus.
Já no Brasil foram campeões neste período:
Cruzeiro (3)
Santos (1)
Corinthians (4)
São Paulo (3)
Flamengo (3)
Fluminense (2)
Palmeiras (3)
Atlético-MG (1)
E alguns desses clubes também foram rebaixados nesse período, algo que os grandes europeus nem imaginam passar.
Por fim, o Brasileirão é diferente pela sua constante renovação de talentos. Se os clubes ainda precisam vender muitos jogadores, inclusive antes de completarem sua formação como jogadores, eles também revelam de forma contínua. Os grandes jogadores brasileiros em sua maioria fizeram pelo menos uma campanha de Campeonato Brasileiro e o título do Brasileirão ocupa posição de destaque até entre os mais vitoriosos a nível mundial.
Conclusão
Torcidas apaixonadas, muita história, jogadores incríveis e clubes grandes espalhados pelo Brasil fazem o Campeonato Brasileiro ser uma grande competição que precisa ser acompanhada pelos fãs do esporte do mundo inteiro.
