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Saúde

Foto: Marcos Filho Sandes

Foto: Marcos Filho Sandes

A síndrome mão-pé-boca aparece com mais frequência entre os meses de março e junho, e causa pequenas lesões dolorosas dentro da boca, na palma das mãos e nos pés, podendo também atingir joelhos, braços, pernas e região genital. A doença é causada pelo vírus Coxsackie e tem maior incidência em crianças pequenas.

Nos últimos dias, a Secretaria da Saúde de Araguaína registrou casos de mão-pé-boca em crianças com idade de zero a quatro anos, o que abre um alerta para sintomas e prevenção. Buscando orientar sobre a doença, a Vigilância Epidemiológica recomenda que, diante de qualquer suspeita, pais e responsáveis deverão procurar o serviço de atendimento médico em uma UBS (Unidade Básica de Saúde) para que a criança seja examinada.

“Em parceria com as escolas e UBS, estamos monitorando os casos, mas é importante que toda criança que apresente sintomas seja avaliada em uma unidade básica de saúde. Com o diagnóstico é possível notificar e orientar a família sobre os cuidados para amenizar a dor e reduzir as chances de contágio”, orienta a coordenadora de doenças, Iray Lopes.

Sinais e sintomas

Em contato com a doença, a criança pode apresentar alguns sintomas como febre alta, mal-estar e dor de garganta. Nesse período, também surgem erupções bolhosas pelo corpo, principalmente nas mãos, nos pés e em volta da boca.

Para a médica Pollyana Reis, que atua em dermatologia, a transmissão da mão-pé-boca acontece por meio do contato com saliva, secreções de crianças infectadas, objetos e superfícies contaminadas.

“É uma doença altamente contagiosa e geralmente acomete crianças com menos de seis anos, porque, nessa idade, elas ainda levam as mãos e objetos à boca, o que facilita a transmissão”, explica. Ainda conforme a profissional, os sintomas costumam durar até 10 dias, porém, a criança infectada pode ainda transmitir o vírus pelas fezes por até quatro semanas.

Tratamento

Para o tratamento, é recomendado o uso de anti-inflamatórios ou analgésicos para controlar a dor e febre, e anti-histamínico para controle da coceira. Como a doença é autolimitada, ou seja, possui começo, meio e fim, o tratamento tem apenas o intuito de aliviar os sintomas. Enquanto a criança estiver doente e com sinais da síndrome, a mesma deve ficar em casa, afastada da escola e de outras crianças, para evitar a transmissão da doença.

Alimentação

As lesões causadas pela síndrome mão-pé-boca são muito dolorosas, principalmente na região da boca e garganta. Por conta disso, a criança que não se alimenta pode ter uma desidratação.

“Para evitar, o recomendado é oferecer à criança alimentos frios e mais pastosos, para facilitar a deglutição. Manter a criança hidratada e sempre oferecer água e sucos de frutas não ácidas são outros cuidados essenciais para uma boa recuperação", orienta a médica Pollyana.

Cuidado nas escolas

Além das ações de higiene já adotadas nas escolas e creches municipais de Araguaína, a Secretaria da Educação de Araguaína também monitora possíveis doenças que possam surgir em diferentes épocas do ano. Com relação à síndrome mão-pé-boca, os casos suspeitos são notificados e encaminhamos para a Vigilância Epidemiológica do Município.

“O trabalho integrado das secretarias é muito importante, pois é a partir dessa comunicação que elaboramos ações de prevenção e orientação aos professores, pais e alunos. Estamos em alerta a qualquer situação que envolva a saúde e o bem-estar das crianças”, destacou a secretária da Educação, Elisângela Silva.

Prevenção

Como ainda não existe vacina contra a doença mão-pé-boca, a Secretaria da Saúde de Araguaína ressalta que a melhor forma de combater a doença é a prevenção. É preciso que a família da criança redobre os cuidados, principalmente durante as trocas de fralda dos pequenos, mantendo o hábito de lavar bem as mãos e objetos tocados; higienizar brinquedos e superfícies; não compartilhar copos, pratos e talheres; manter a residência limpa e arejada.