As três vítimas do grave acidente ocorrido no início da noite desta terça-feira, 4, em Dianópolis, estão sendo veladas em cidades diferentes. Apesar de estarem a serviço da 2ª Companhia de Bombeiros Militar, com sede em Dianópolis, apenas um deles morava na cidade. O clima entre familiares e na corporação é de consternação.
A equipe era composta de cinco pessoas e estava em ronda ao redor da cidade para conter possíveis focos de incêndios florestais, quando a viatura dirigida pelo bombeiro militar Felipe Gomes Lima, 22 anos, colidiu com um caminhão e capotou em seguida, na TO-040, a cerca de 01km da entrada da cidade.
O bombeiro Felipe Gomes chegou a ser socorrido, mas faleceu a caminho da unidade médica. Os outros dois colegas brigadistas, Renaldo Oliveira de Aguiar, 24 anos, e Leandro Bezerra Rodrigues, 43, morreram no local. Ambos estavam a serviço do Corpo de Bombeiros Militar, ligados à 2ª Companhia, como Brigadistas de Combate a Incêndio Florestal. A Brigada de 60 integrantes foi contratada há poucos dias pelo Governo do Tocantins, por meio de parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente.
Dois brigadistas sobreviveram e estão estáveis no Hospital Regional de Porto Nacional: Flávio Rodrigues do Nascimento, 24 anos, e Rayson Sousa Rodrigues, 23 anos.
As vítimas
Felipe Gomes Lima era soldado e havia sido aprovado no Concurso Público de 2021. Fez o Curso de Formação de Praças e sua inserção na Corporação ocorreu em 14/12/2022. O nome de guerra era F. Gomes, era solteiro e residia há seis meses em Dianópolis, servindo a 2ª Companhia de Bombeiros Militar.
“F. Gomes era um excelente militar. Um jovem sempre proativo e atento às demandas do Quartel”, relata a major Daniela Gomes Tavares da Silva, comandante da 2ª Companhia. “Ele desejava fazer o curso de mergulho. Sua passagem pela Companhia de Dianópolis foi repleta de dedicação ao trabalho e respeito aos colegas. Ele realmente fará falta e deixará saudades”, afirmou Daniela.
O militar está sendo velado na sede do 3º Batalhão de Bombeiros Militar, em Gurupi, onde moram os pais e também será lá o sepultamento.
A mesma tristeza é sentida pela morte dos brigadistas Renaldo e Leandro. Os dois estavam cumprindo a escala de trabalho na Companhia.
Para o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins, coronel Carlos Eduardo de Souza Farias, a perda é irreparável. “É sempre um choque receber uma notícia assim, ainda mais quando envolve nossos colegas de trabalho. Essa equipe saiu para cumprir uma missão e temos a certeza que cada um deu o melhor, pois eram os melhores, eram os selecionados entre muitos que tentaram chegar lá. Eles conquistaram o espaço deles e registro aqui os nossos mais profundos sentimentos por essa tragédia”, afirma o coronel Farias.
Renaldo Oliveira de Aguiar vivia uma união estável e tinha um filho de três anos de idade. Ele residia em Rio da Conceição, cerca de 30km de Dianópolis. Era a primeira vez que ele atuava como brigadista de combate a incêndio florestal para o Governo do Tocantins, porém, ele já havia atuado como Brigadista Municipal e também Brigadista pelo Instituto Chico Mendes (ICMbio).
Nas horas longe da escala na Companhia, Renaldo estava aprendendo a trabalhar na área da construção civil, e também gostava de domar cavalos. Ele está sendo velado na casa dos avós, em Rio da Conceição, onde será sepultado.
O colega Leandro Bezerra Rodrigues era viúvo e deixa dois filhos. Ele residia em Dianópolis, onde será sepultado. Leandro exercia pela primeira vez a função de brigadista, e no dia a dia era Guia de Turismo na Região, era Mototaxista e também Maratonista. (Com informações CBM/TO)