Sensação de areia nos olhos, ardência, vermelhidão, sensibilidade à luz, coceira e visão embaçada. Estes são os principais sintomas da Síndrome do Olho Seco, problema muito comum especialmente em estados mais quentes como o Tocantins. Mas mesmo tão recorrente, apenas 33% das pessoas sabem que a síndrome existe, mostrou a pesquisa “Saúde Ocular do brasileiro”, realizada pelo Ibope e encomendada pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).
E o número de pessoas que sofrem com o problema deve aumentar no decorrer desse mês já que no estado os termômetros podem chegar a marca de 40°C e a umidade relativa do ar despenca e se iguala a índices comuns em locais como desertos. Além disso, o uso indiscriminado do ar-condicionado para amenizar o calor também prejudica a saúde dos olhos e pode influenciar no desenvolvimento da síndrome.
A síndrome do Olho Seco resulta no ressecamento da região ocular e é causada pela pouca ou má qualidade da lágrima, o que facilita o aparecimento de infecções e inflamações. Segundo o médico oftalmologista do Hospital de Olhos de Palmas, Dr. Tauan de Oliveira, o problema é mais comum em idosos. “Com o passar da idade, o corpo passa a produzir menos lágrimas e a síndrome afeta uma parcela maior da população, apesar disso, pessoas de todas as faixas etárias podem desenvolver a doença”, explica.
No tratamento, são usados colírios hidratantes, óculos escuros para sair ao sol, umidificadores de ambiente e orienta-se também o aumento do consumo de água. Tudo isso, claro, apenas com recomendação médica. “Os sintomas da síndrome são semelhantes aos de uma série de outros problemas, só um especialista pode confirmar o diagnóstico e receitar o melhor tratamento para cada caso”, acrescenta o médico, que ainda lembra que este mês a campanha Julho Turquesa busca conscientizar a população sobre as consequências da síndrome do olho seco.