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Cultivo de sorgo granífero em Mato Grosso do Sul, próximo à divisa com Goiás

Cultivo de sorgo granífero em Mato Grosso do Sul, próximo à divisa com Goiás Foto: Ariosto Mesquita

Foto: Ariosto Mesquita Cultivo de sorgo granífero em Mato Grosso do Sul, próximo à divisa com Goiás Cultivo de sorgo granífero em Mato Grosso do Sul, próximo à divisa com Goiás

Com aumento de 22,3% na área plantada e a previsão de uma produção 34% superior à obtida em 2022, o cultivo de sorgo granífero é a atividade agrícola que mais avança proporcionalmente, no Brasil, considerando a safra passada e a atual. É o que revela o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (junho/2023), divulgado na última quinta-feira (13.07.2023) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O estudo foi feito com base em 35 culturas, suas diversidades e números de safras em um único ciclo. Segundo os dados, a área plantada com o sorgo aumentou de 1.030.866 (2022) para 1.260.355 hectares (2023). Já a produção disparou de 2.850.368 para 3.818.734 toneladas no mesmo período. O desempenho mais forte em produção (em comparação à área plantada) revela que o cultivo do cereal avançou 9,6% em produtividade. O rendimento médio aumentou de 2.765 kg/ha para 3.030 kg/ha.

O levantamento do IBGE mostra que, depois do sorgo, as culturas que mais cresceram em produção entre as duas últimas safras foram soja (+ 24,1%), milho segunda safra (+ 13,7%), café arábica (+ 13,3%) e triticale (+ 11,5%).

Segunda safra, clima, manejo e genética

Mesmo com ótimos números e a liderança em avanço agrícola no Brasil, as empresas e organizações do segmento argumentam que os números estão aquém da realidade em se tratando da cultura geral de sorgo, uma vez que o levantamento contabiliza apenas o cultivo da planta que produz grãos (granífera). Não entram na conta, portanto, cultivos de sorgo forrageiro, biomassa e sacarino, por exemplo.

Além do impulso em sua semeadura pós soja, em regiões onde há risco para o plantio de milho ‘safrinha’ (sorgo tem janelas diferentes para cultivo e geralmente é mais resistente ao estresse hídrico), outras situações podem ter contribuído para o bom desempenho do granífero.

Willian Sawa, diretor-executivo da Latina Seeds e uma das lideranças do “Movimento + Sorgo”, enumera pelo menos três: “Tivemos um clima favorável para a cultura na segunda safra, como ocorreu em Mato Grosso do Sul, por exemplo. Além disso, conta a favor um ajuste de manejo da cultura por parte do produtor e um significativo avanço em melhoramento genético, refletindo também em melhor produtividade”.