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Meio Ambiente

Foto: Marcel de Paula/Governo do Tocantins

Foto: Marcel de Paula/Governo do Tocantins

A equipe da Diretoria de Planejamento de Saneamento Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) realizou nesta quinta-feira, 24, visita técnica ao empreendimento Ecovip – Soluções Ambientais na Capital, dando início ao mapeamento da gestão dos resíduos sólidos desde a coleta até a destinação final dos diferentes tipos de materiais, como o caso do vidro, no Tocantins.

O mapeamento tem o objetivo de subsidiar ações, incentivar a destinação ambientalmente adequada e impulsionar os ganhos sócio-econômicos da reciclagem dos resíduos de forma seletiva no estado. Durante a visita, três caminhões, com 35 toneladas de vidro/veículo, estavam prontos e aguardando o carregamento de mais um, para se deslocarem até a indústria de processamento em Recife (PE), totalizando 140 toneladas de resíduos que serão destinados à reciclagem. Atualmente, três estados possuem indústrias receptoras com tecnologia de processamento de vidro, são eles Recife, São Paulo e Rio de Janeiro.

A diretora de Planejamento de Saneamento Ambiental da Semarh, Ellen Silvia Amaral Figueiredo, pontuou que essa visita é a primeira de muitas que serão feitas para conhecer as soluções existentes no estado. “Antes, o vidro era um problema sem solução no território tocantinense, mas hoje vimos que na Capital já temos um empreendimento funcionando. Agora vamos buscar soluções de modo a ampliar a experiência para todo o estado”, enfatizou.

Ellen Figueiredo ressaltou, “vamos divulgar os pontos de coleta, para que a população possa dispor adequadamente do vidro, sendo orientada sobre quais os tipos podem ser reaproveitados para a reciclagem”.

Foto: Marcel de Paula/Governo do Tocantins

O sócio gerente-operacional da Ecovip, Juanor da Fonseca, disse que em Palmas já existem 100 pontos de coleta distribuídos em condomínios e no comércio, mas a estimativa é que sejam ampliados com mais 200 contêineres em locais estratégicos. “No momento estamos em Palmas, retomando as atividades, mas a meta é enviar 30 toneladas/mês e avançar para 200 toneladas mensais. Na etapa de ampliação pretendemos colocar mais unidades em bares e restaurantes, mas estamos firmando parcerias para que esse projeto abranja todos os municípios. O material recolhido nos contêineres é selecionado e compactado para envio à reciclagem, porque o resíduo contaminado não serve, por exemplo o vidro não pode ser misturado com porcelana, recipientes de medicamentos ou lâmpadas”, esclareceu o gerente.

Juanor da Fonseca complementou que vem testando e avaliando o grau de compactação e de seleção de cada material, para promover o beneficiamento dos resíduos atendendo às exigências do mercado e das tecnologias dos empreendimentos recicladores, pois esses são processos que agregam valor à comercialização da carga e também é um critério de rejeição. Devido à colocação de material indevido nos contêineres e desvio de tambores, alguns locais do mapa de pontos de coleta precisam ser atualizados e outros aguardam a reposição de contêineres e ecopontos de coleta.    

A gerente de Gestão de Resíduos Sólidos, Hélia Pacheco, considerou a visita muito estratégica, pois nos permitiu conhecer detalhes importantes do processo desde a etapa de coleta, beneficiamento e logística até o destino de cada tipo de resíduo, além da oportunidade de troca de informações sobre aspectos previstos na Política de Resíduos Sólidos e reflexão sobre a necessidade de algum tipo de normatização, para que o Estado, os municípios e o setor privado tenham definidos os seus respectivos papéis na destinação adequada desses materiais.

A geóloga da Diretoria de Planejamento de Saneamento Ambiental da Semarh, Sandra Sonoda, acrescentou durante o intercâmbio de experiências que a lei de logística reversa traz vantagens para o empreendimento privado. Os produtos devem arcar com os custos do retorno dos recipientes, barateando o custo de transporte até a usina de reciclagem.

O assessor da Ecovip, Raimundo da Balsa, acompanhou a visita, apresentando as instalações e equipamentos que são utilizados, além de pontuar alguns detalhes do processo de reciclagem, da logística, dos equipamentos que estão sendo instalados e das parcerias que estão em tratativa para ampliar o projeto a outros municípios.

 Foto: Marcel de Paula/Governo do Tocantins