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Educação

Foto: Divulgação

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Mais de 200 professores indígenas e não-indígenas receberão formação continuada a partir da próxima segunda-feira, 4, até sexta-feira, 8. As capacitações acontecem em Araguaína, no Norte do Estado, e vão atender profissionais da Educação atuantes nas escolas estaduais indígenas do povo Krahô, compreendido nos limites dos municípios de Goiatins e Itacajá. A capacitação é uma realização da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) em parceria com o Instituto ECO Nacional e Cetro Representações.

A capacitação acontecerá na Escola de Tempo Integral Domingos da Cruz Machado, no Bairro Nova Araguaína. As aulas, palestras e rodas de conversas são baseadas nos quatro pilares básicos da educação indígena, sendo eles a interculturalidade, o bilingüismo ou multilingüismo, a especificidade, a diferenciação e a participação comunitária, que consideram a diversidade cultural no processo de ensino e aprendizagem.

Ao longo dos cinco dias de programação, serão ofertadas palestras e oficinas a partir de temas como Fundamentos da educação escolar indígena; Documentos curriculares para a educação escolar indígena no Brasil; Articulação entre RCNEI, DCT, Interculturalidade e competências gerais da BNCC; Educação bilíngue e intercultural; Elementos do planejamento docente dinâmico, participativo e inclusivo considerando a realidade local; A importância do planejamento no processo de ensino e aprendizagem; Estrutura e organização dos planos de aulas; Estratégias para potencializar a qualidade do ensino nas turmas multiseriadas, Ensino Fundamental anos finais; dentre outros.

O objetivo é promover a realização de uma formação continuada com todos os professores que atuam nas escolas indígenas, visando melhorar a qualidade da educação indígena já ofertada, ampliando seus repertórios, ferramentas e recurso didáticos. “Vamos oferecer estratégias para subsidiar e auxiliar nossos professores no fazer pedagógico, perpassando pelo planejamento, didática, metodologia, avaliação, alfabetização e letramento (Língua materna e Língua Portuguesa), Base Nacional Comum Curricular, considerando sempre o princípio da educação escolar indígena específica, diferenciada, bilíngue, comunitária e de qualidade”, declara o presidente do Instituto, Ramalho Sousa Alves.

A coordenadora de projetos e uma das organizadoras do projeto, Villany Teixeira, complementa ainda que as formações não buscam modificar a realidade e vivência de cada cultura, crenças e comportamentos, mas sim assegurar os direitos desses povos indígenas e valorizar cada identidade. “As aulas são organizadas a partir das vivências de cada aldeia e seus alunos e professores, da realidade de cada local, valorizando a oralidade como fonte de conhecimento e fortalecimento da identidade cultural de cada etnia”, ressalta.