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Documento do MPTO menciona justificativa da Polícia Militar de São Paulo acerca da implantação do uso de câmeras.

Documento do MPTO menciona justificativa da Polícia Militar de São Paulo acerca da implantação do uso de câmeras. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil Documento do MPTO menciona justificativa da Polícia Militar de São Paulo acerca da implantação do uso de câmeras. Documento do MPTO menciona justificativa da Polícia Militar de São Paulo acerca da implantação do uso de câmeras.

O Ministério Público do Tocantins (MPTO), por meio do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp), expediu nessa quinta-feira, 21, recomendação administrativa ao Estado do Tocantins para que implemente o uso de câmeras operacionais portáteis/corporais pelo efetivo da Polícia Militar.

O MPTO ressalta que o Tocantins teve aumento de 69,23% do número de mortes decorrentes de intervenção policial em 2023 em relação a 2022, conforme o Mapa de Segurança Pública de 2024.

A recomendação também leva em consideração a apuração referente a dois procedimentos administrativos que verificaram que no decorrer de ações policiais realizadas no estado, no período de 2019 a 2021, ocorreram 65 mortes, entre elas, das vítimas Bryan Felipe Inomata e Adalgison Bezerra e Leandro Rocha da Cunha. Outro caso apontado é o da jovem Samylla Lorrany Marques de Souza, que desapareceu durante operação da polícia em que foram mortos Bryan e Adagilson.  

Segundo o órgão especializado do Ministério Público, no ano de 2021 houve alta de 212,6% mortes por intervenções policiais se comparado ao ano de 2018, quando foram registradas 42 mortes.

Contribuições do uso de câmeras

O documento também menciona a justificativa da Polícia Militar de São Paulo acerca da implantação do uso de câmeras operacionais portáteis, que pontuou as seguintes contribuições para a proteção policial: fortalecimento da prova judicial, redução do uso da força, de denúncias e reclamações, afirmação da cultura profissional, solução rápida de crises, aprimoramento do treinamento e qualificação da prestação de serviços ao cidadão.

Também é citado o teor da minuta de Resolução do Marco Legal sobre o uso de câmeras elaborada pelo Conselho Nacional de Secretários de Segurança Pública (Consesp), em 2022, e enviada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública acerca de procedimento operacional padrão.

Prazo para cumprimento da recomendação

A recomendação do MPTO estabelece o prazo de oito meses para compra e testes de equipamento e de 12 meses para implantação total do sistema de monitoramento por câmeras corporais.

Assinam a recomendação os promotores de Justiça e membros do Gaesp João Edson de Souza, Rafael Pinto Alamy e Saulo Vinhal da Costa. (MPTO)