O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, por meio do presidente Beto Simonetti, nomeou o Conselheiro Federal, Stalin Paniago, para atuar como assistente de acusação no júri popular que envolve o caso do advogado araguainense, Danilo Sandes.
“No próximo dia 24 de setembro, a advocacia brasileira estará representada no Plenário do Tribunal do Júri de Araguaína, fazendo a assistência da acusação pelo conselheiro federal e criminalista, Stalin Paniago, para que nós possamos não só apurar, mas debater e aponta os principais acusados pelo assassinato de um advogado, covardemente morto em pleno exercício da advocacia. A advocacia não se calará e lá estarão 1 milhão e 300 mil advogados representados pelo conselheiro federal”, anunciou o presidente do CFOAB.
Para o presidente da OABTO, Gedeon Pitaluga, a decisão é mais uma demonstração que uma advocacia forte se faz com uma OAB unida e atuante.
O presidente da Subseção de Araguaína, Davi Morais, ressaltou a importância dada pelo Conselho Federal e a OABTO ao caso. “Agradecemos o presidente Beto pela atenção dispensada a esse caso, que comoveu não só a cidade de Araguaína e a nossa Subseção, mas que acabou tomando uma proporção nacional. Agradeço ao presidente Gedeon Pitaluga, ao conselheiro José Quezado e ao conselheiro Stalin pelo apoio prestado”, ressaltou o presidente Davi Morais.
Entenda o caso
O advogado Danilo Sandes foi morto no final de julho de 2017 devido à disputa por uma herança de R$ 7 milhões. A morte da vítima teria sido encomendada pelo farmacêutico Robson B. da C., de 32 anos, segundo apontaram as investigações da polícia na época. Ele era cliente do advogado e parte em uma ação de inventário. Também é acusado pelo crime João O. S. J., Wanderson S. de S. e Rony M. A. P., indiciados ainda em 2017.
Os investigadores apontaram que Robson tenha decidido matar Danilo após ele se recusar a participar de uma fraude. Danilo representava Robson na disputa pela herança e não quis ajudar o farmacêutico a esconder parte do dinheiro dos outros herdeiros.
Conforme o MPE, o descontentamento de Robson ocorreu durante o acerto dos honorários advocatícios. Danilo ingressou com ação judicial cobrando a dívida e obteve decisão que o obrigou farmacêutico a vender um caminhão para quitar a dívida.
A partir daí, Robson teria passado a arquitetar a morte de Danilo. Segundo o MPE, Rony foi o intermediário que contratou os dois pistoleiros, Wanderson e João, para executarem o advogado. Pelo crime, os policiais receberiam R$ 40 mil.
O advogado teria sido atraído com o pretexto de que queriam fazer um inventário no valor de R$ 800 mil, além de imóveis e gado na região de Filadélfia. No dia 25 de julho de 2017, Danilo Sandes marcou encontro com militares e entrou no veículo deles para que pudessem ir até Filadélfia.
No percurso, os pistoleiros deram dois tiros na nuca de Danilo e esconderam o corpo em um matagal. A vítima só foi localizada dias depois pelo morador de uma fazenda.