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Campo

Foto: Clenio Araujo

Foto: Clenio Araujo

Começou nessa segunda-feira, 9 de setembro, e vai até a próxima quinta-feira, 12, o 34º Congresso Nacional de Milho e Sorgo. Um dos principais eventos técnico-científicos sobre as duas culturas agrícolas teve, na programação, o I Seminário Nacional sobre o Complexo dos Enfezamentos do Milho. Considerado atualmente o principal desafio fitossanitário no milho, esse complexo de doenças é causado por quatro patógenos (duas bactérias e dois vírus). A transmissão deles se dá por meio da cigarrinha Dalbulus maidis.

“Esse seminário, na minha visão, foi um sucesso total. Primeiro porque é uma demanda do mercado, todos os atores envolvidos nesse processo estavam ávidos por um evento como esse, onde a gente pudesse reunir todos os envolvidos (setor produtivo, setor de produção de sementes, setor de defensivos, os pesquisadores) nessa problemática”, afirma Simone Mendes, pesquisadora da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG) e uma das coordenadoras do evento.

Segundo ela, é necessário continuar com essa iniciativa de discutir os enfezamentos: “eu vejo que a continuação desse seminário é fundamental porque o problema não está resolvido aqui”. Simone lembra que, apesar de esse complexo de doenças existir desde a década de 1990, foi a partir de 2015 que o problema aumentou consideravelmente. Ou seja, está começando a ser preenchida uma necessidade de mercado sobre a discussão de danos e alternativas de manejo e controle dos enfezamentos em milho.

Ao todo, foram oito palestras sobre diversos aspectos dos enfezamentos em milho. Alguns dos temas discutidos foram a dificuldade de controlar a cigarrinha Dalbulus maidis, o monitoramento da cigarrinha como ferramenta de previsão e alerta e os avanços nos controles químico e biológico da Dalbulus maidis. O seminário foi acompanhado por centenas de pessoas, o que atesta a relevância do tema e a necessidade da continuidade da discussão sobre ele.

Abertura e homenagem 

A abertura oficial do 34º Congresso Nacional de Milho e Sorgo aconteceu na noite de segunda-feira. O momento contou com a presença de representantes de diferentes instituições: a Associação Brasileira de Milho e Sorgo (ABMS); a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa); e a Secretaria da Agricultura e Pecuária (Seagro) do Tocantins. 

Na abertura, a ABMS prestou homenagem a dois sócios beneméritos por conta de suas contribuições para a criação e o desenvolvimento da associação. Um deles é Alfredo Tsunechiro, pesquisador científico aposentado do Instituto de Economia Agrícola (IEA) de São Paulo. O outro é Ivan Cruz, pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo. As homenagens foram entregues por Cicero Beserra de Menezes, presidente da ABMS.

Ivan tem mais de 50 anos de trabalho na Embrapa. Foi chefe-geral da Embrapa Milho e Sorgo e presidente da ABMS por mais de uma vez, onde colaborou para a criação da Revista Brasileira de Milho e Sorgo. Por sua atuação tanto na Embrapa como na ABMS, ele relata até certa confusão entre as duas instituições. “Às vezes, as pessoas até confundem pensando que a ABMS é da Embrapa; não é. É uma associação aberta à participação”, explica.

O 34º Congresso Nacional de Milho e Sorgo, que acontece no Centro de Convenções Arnaud Rodrigues, é promovido pela ABMS e tem a Embrapa como organizadora e realizadora. Conta com patrocínio ouro das empresas Basf e Simbiose, com patrocínio prata das empresas Advanta, Grão Pará Bioenergia, KWS e Sipcam Nichino, além de patrocínio bronze das empresas Bio Matopiba, CropLife Brasil, DJI Agriculture, GDM, Inpasa, Sistema OCB/TO, Ourofino Agrociência e Via Motors. (Embrapa/TO)