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Polí­tica

Foto: Vinicius Rocha

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O deputado federal Ricardo Ayres (Republicanos-TO) manifestou sua posição contrária à proposta de alterar o traçado da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), transferindo seu entroncamento final de Figueirópolis/TO para Mara Rosa/GO. Ayres destacou que a mudança compromete o potencial logístico e econômico do Tocantins, que se beneficia geograficamente por estar no centro do Brasil. O parlamentar reforçou que trabalhará com a bancada tocantinense para impedir que essa medida se concretize.

“A localização estratégica do Tocantins, no coração do Brasil, faz do nosso Estado um ponto natural para a implantação de plataformas multimodais de logística. Não é por acaso que debatemos isso em seminários em São Paulo, Palmas e até no exterior no ano passado, destacando nosso potencial para atrair investimentos e impulsionar o escoamento de grãos, proteína animal e outros produtos. Retirar o entroncamento da FIOL seria um grande erro estratégico para o País e um prejuízo imenso para o nosso Estado. Já sofremos no passado com a perda do entroncamento de Gurupi, e não podemos permitir que o mesmo aconteça novamente. Figueirópolis é o destino natural da FIOL, e vamos lutar para que isso seja mantido”, declarou o deputado.

Impactos econômicos e sociais

Ayres alertou para os prejuízos econômicos que a transferência do entroncamento causaria, aumentando custos logísticos e reduzindo a competitividade dos produtores tocantinenses, especialmente na exportação de grãos e carne. Ele citou exemplos como a Cooperfrigu, que abastece mais de 100 países e poderia se beneficiar significativamente de uma infraestrutura logística robusta e eficiente.

“Além de prejudicar a economia local, essa decisão ameaça o futuro de empresas que dependem de um transporte mais ágil e barato. Não podemos retroceder. Precisamos consolidar o Tocantins como um polo logístico, o que beneficia todo o Brasil”, disse.

Defesa no Congresso Nacional

O parlamentar destacou que a mudança proposta é resultado do peso político de Goiás, que conta com 17 deputados federais, frente aos 8 do Tocantins. Apesar disso, Ayres garantiu que mobilizará sua bancada e buscará apoio de lideranças em Brasília para reverter essa proposta.

“Essa não é uma questão de número de parlamentares, mas de justiça e planejamento estratégico para o País. O Tocantins é o ponto ideal para esse entroncamento. Vamos mostrar isso no Congresso e lutar pelo que é melhor para o Brasil e para o nosso Estado”, declarou.

Ricardo Ayres já anunciou que no dia 1º de fevereiro, logo após a eleição da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, quando ele acredita, será eleito para a presidência o correligionário do Republicanos, Hugo Motta (PB), terá uma reunião com o presidente eleito da Casa para tratar sobre o tema.

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