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Mundo Pet

Foto: Pixabay

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As altas temperaturas do verão e o aumento no fluxo de pessoas nas praias favorecem a disseminação de viroses, impactando a saúde de humanos e animais de estimação. Com sintomas como diarreia, vômitos, náuseas e febre, o norovírus tem se destacado em surtos recentes, levantando dúvidas sobre a possibilidade de contaminação entre espécies.

Na coluna dessa semana vamos mostra que com os cuidados adequados, é possível reduzir os riscos de contaminação e garantir o bem-estar dos animais de estimação durante o período de veraneio. Segundo Fabiana Volkweis, professora de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Brasília (CEUB), doenças virais podem afetar cães, causando sintomas semelhantes aos apresentados por humanos. 

Apesar de viroses poderem ocorrer em qualquer estação do ano, no verão a exposição dos animais a ambientes compartilhados, como praias e parques, aumenta o risco de contágio, especialmente entre filhotes ou animais não vacinados.

A orientação é manter o protocolo vacinal dos cães atualizado. Filhotes necessitam de um cronograma específico de imunização para garantir proteção adequada contra vários vírus. Até a conclusão do esquema vacinal, deve-se evitar passeios e o contato com outros animais, reduzindo a exposição a patógenos.

Além das viroses, a alimentação dos animais requer atenção redobrada durante as férias. Mudanças na dieta, como o consumo de carnes gordurosas de churrasco, alimentos temperados ou chocolates, podem desencadear distúrbios gastrointestinais. Outro risco está associado à dirofilariose, doença parasitária transmitida pela picada de mosquitos infectados, que pode comprometer o sistema circulatório dos animais. O acompanhamento veterinário é recomendado antes de levar cães ao litoral.

A hidratação também exige atenção. A qualidade da água e da comida deve ser monitorada, pois a má conservação pode levar à intoxicação alimentar dos pets. Trocar a água regularmente e evitar que o cão beba água do mar são medidas recomendadas para prevenir problemas de saúde. Para amenizar o calor, é possível oferecer alternativas como água de coco ou picolés desenvolvidos especificamente para cães.

Caso o animal apresente diarreia, o primeiro passo é observar a frequência e a intensidade dos sintomas. Episódios isolados podem ser tratados com reforço na hidratação e manutenção da alimentação habitual. No entanto, se o quadro persistir, é recomendável buscar avaliação veterinária, uma vez que sintomas gastrointestinais podem indicar desde intoxicação alimentar até doenças mais graves.

A presença de mosquitos em regiões litorâneas também representa um fator de risco para os animais. Vetores como pernilongos e borrachudos podem transmitir doenças como leishmaniose e dirofilariose. Para prevenção, estão disponíveis coleiras repelentes, medicamentos tópicos e produtos específicos para pets. A utilização de repelentes naturais pode ser uma opção, desde que sua eficácia seja avaliada por um profissional.