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Cultura

Foto: Rafael Batista/DPE-TO

Foto: Rafael Batista/DPE-TO

A Defensoria Pública do Estado do Tocantins acompanhou, no final de semana, o Ritual de Iniciação Karajá Hetohoky,festa tradicional que representa a passagem da adolescência para a vida adulta dos meninos indígenas da comunidade. A celebração foi realizada na Aldeia Santa Isabel do Morro, localizada próxima da cidade de Lagoa da Confusão (TO), na região da Ilha do Bananal.

“Foi uma experiência singular participar deste momento tão especial para o povo Karajá, (...). Trata-se de um ritual rico em símbolos e significados, essencial para a passagem dos meninos para a vida adulta, garantindo a continuidade dos saberes, valores e tradições do povo Yny. Essa transmissão cultural fortalece a identidade da comunidade e assegura que suas raízes permaneçam vivas, sendo este um direito inegociável”, destacou a coordenadora do Núcleo Especializado de Questões Étnicas e Combate ao Racismo (Nucora), Letícia Cristina Amorim Saraiva dos Santos Moura.

A Defensora Pública e a assessora do Nucora, Aline da Silva Sousa, estiveram presentes na festividade, realizada na noite de sábado, 22, para domingo, 23. A equipe da Defensoria Pública está na região para acompanhar as gravações do documentário Alowodu e para atendimentos jurídicos aos indígenas, que já são assistidos pela Instituição tanto em ações itinerantes, quanto por meio do projeto Defensorias do Araguaia.

“(...) a Defensoria Pública do Estado do Tocantins tem o compromisso de garantir que os direitos dos povos indígenas sejam respeitados, incluindo o direito fundamental à preservação de sua cultura, de seus rituais e ao reconhecimento de suas ancestralidades e subjetividades. A Constituição e os tratados internacionais asseguram essas garantias, e estamos aqui para fazer com que sejam efetivadas”, disse a Defensora Pública.  

Hetohoky

 Foto: Rafael Batista/DPE-TO

A festa que marca a passagem para a vida adulta é um símbolo para o povo Karajá e uma manifestação cultural essencial na formação da identidade indígena. A preparação dos meninos se inicia um mês antes da festividade com momentos culturais e do cotidiano na aldeia que registram no tempo a passagem para uma nova fase da vida.

Na celebração, a organização, cores nos ornamentos, música e cantos marcam a beleza e a genuinidade da festa.  (Com informações da DPE/TO)