Quando o assunto é direção, todos sabem dos perigos de misturar álcool e volante. Mas quando se trata da saúde do coração, quais hábitos você adota para protegê-lo? Assim como outras doenças crônicas, o risco de problemas cardíacos diminui com uma alimentação equilibrada e a prática regular de atividades físicas. No entanto, um fator muitas vezes negligenciado é a qualidade do sono. Dormir pouco ou ter uma rotina irregular aumenta significativamente a probabilidade de infarto e outras complicações cardiovasculares.
No Brasil, onde 400 mil pessoas morrem anualmente por doenças cardiovasculares, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), uma pesquisa do IPEC (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica) revelou um outro dado alarmante: 65% dos brasileiros têm qualidade de sono insuficiente, elevando o risco de problemas cardíacos.
O cardiologista Dr. Henrique Furtado explica as consequências da privação de sono para a saúde do coração. “Além do aumento do estresse, a falta de sono está associada à obesidade, diabetes e aterosclerose, que é o acúmulo de gordura nas paredes das artérias. Esses fatores comprometem diretamente o funcionamento do coração”, alerta. A boa notícia é que melhorar a qualidade do sono pode ser mais simples do que parece.
Em muitos casos, dormir melhor depende apenas de organização e alguns ajustes na rotina. “As recomendações são simples: estabeleça um horário fixo para ir dormir e acordar. Para favorecer o sono, mantenha o quarto aconchegante, com pouca luz, silêncio e temperatura agradável. Além disso, é essencial evitar o uso excessivo de telas à noite, para que o corpo entenda que é hora de descansar”, orienta o Dr. Furtado.
Se houver sinais de distúrbios do sono, como apneia ou ronco, é fundamental procurar ajuda médica. E quando o assunto é coração, a prevenção também passa por um check-up anual, garantindo que tudo esteja em equilíbrio no sistema cardiovascular. (Precisa/AI)
