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Economia

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Foto: José Cruz/Agência Brasil

O custo para abastecer um veículo com gasolina atingiu sua menor proporção na renda familiar em oito anos, segundo o Indicador de Poder de Compra do Monitor de Preço de Combustível, produzido pela Veloe em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE). No terceiro trimestre de 2025, o gasto com o combustível comprometeu 5,9% da renda média domiciliar nacional — o menor percentual para o período desde 2017, quando foi de 5,7%. Nas capitais, o índice ficou em 4,0%, também o melhor resultado desde 2018 (3,9%), reforçando a recuperação do poder de compra das famílias.

Apesar do avanço, o impacto do abastecimento ainda é maior nas regiões Norte (7,9%) e Nordeste (9,2%), enquanto Sul (5,1%), Sudeste (5,0%) e Centro-Oeste (5,0%) apresentam menor comprometimento relativo de renda. A análise considera o percentual necessário para encher um tanque de 55 litros com gasolina comum, cruzando os dados de renda da PNAD Contínua (IBGE) com os preços monitorados mensalmente.

Para André Turquetto, CEO da Veloe, os resultados refletem um alívio importante para o bolso do consumidor brasileiro. “A queda no comprometimento da renda com abastecimento mostra que, mesmo em um cenário de oscilações, há uma tendência consistente de recuperação do poder de compra das famílias. Monitorar esses movimentos é essencial para entender o comportamento do consumo e apoiar decisões de planejamento financeiro, tanto de motoristas quanto de empresas”, destaca.

Combustíveis em Novembro
Em novembro, a gasolina comum, com preço médio nacional de R$ 6,263, registrou queda de 0,5% em comparação a outubro. Mesmo assim, acumula alta de 0,8% no ano e de 1,4% em 12 meses. As altas foram registradas no Norte (R$ 6,712) e Centro-Oeste (R$ 6,363), e os menores no Sudeste (R$ 6,136) e Nordeste (R$ 6,271), onde houve retração de 1,1%.
O etanol hidratado subiu 0,3% no mês, atingindo R$ 4,374. O combustível acumula altas de 5,0% no ano e de 6,5% em 12 meses. Os maiores preços estão no Norte (R$ 5,276) e Nordeste (R$ 4,687), enquanto os menores aparecem no Sudeste (R$ 4,256) e Sul (R$ 4,490). O Nordeste foi a única região a registrar queda expressiva no mês (-3,1%).

O diesel S-10 avançou 0,2% em novembro, alcançando R$ 6,169, mas ainda apresenta retração de 0,7% no acumulado do ano. Em 12 meses, registra leve alta de 0,2%. Os preços mais altos foram observados no Norte (R$ 6,451) e Centro-Oeste (R$ 6,320), e os menores no Sul (R$ 6,043) e Nordeste (R$ 6,071). Todas as regiões tiveram aumento mensal.

O estudo também atualiza o Indicador de Custo-Benefício Flex, que compara os preços do etanol e da gasolina para orientar consumidores de veículos flex. Em novembro, o etanol correspondeu a 72,6% do preço da gasolina na média das UFs e a 72,8% nas capitais — ambos acima do limite de referência de 70%, o que mantém a gasolina como a opção mais vantajosa na maior parte do país, especialmente no Nordeste e no Norte. Ainda assim, o etanol permanece competitivo em estados como Mato Grosso (68,4%), São Paulo (68,6%), Mato Grosso do Sul (68,8%) e Paraná (69,8%).

Os resultados completos podem ser acompanhados aqui.