A forma como uma empresa inicia o ano pode definir o ritmo de desempenho dos meses seguintes. Quando o setor comercial começa janeiro alinhado, com metas realistas e processos claros, o crescimento tende a ser mais previsível. Essa percepção ganha força com uma pesquisa global da Strategy& da PwC, que ouviu mais de 6.000 executivos de diferentes portes, setores e regiões. O levantamento identificou que empresas com estratégia coerente têm três vezes mais chances de crescer acima da média do seu setor e o dobro de chances de registrar lucros superiores.
Em um cenário como o do Tocantins, onde muitas empresas atuam com equipes enxutas e dependem do desempenho comercial para manter competitividade, iniciar 2026 sem planejamento aumenta o risco de metas desconectadas, processos frágeis e retrabalho. Já organizações que começam o ano com diagnóstico claro e plano de ação bem estruturado conseguem prever cenários, organizar responsabilidades e aproveitar melhor as oportunidades dos primeiros meses.
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A especialista em Inteligência Comercial e Vendas, Paloma Pincinato, explica que o primeiro passo para acelerar resultados é compreender com precisão o ponto de partida. "O diagnóstico comercial bem feito revela gargalos que passam despercebidos no dia a dia, como inconsistências no funil, metas que não conversam com a capacidade real da empresa e falta de integração entre marketing, vendas e atendimento. Quando esse mapeamento é claro, o plano de ação deixa de ser tentativa e erro e passa a ser uma rota concreta para crescer", afirma.
Segundo Paloma, empresas que chegam em janeiro com tudo organizado largam na frente. "Quando a estrutura comercial está alinhada desde o início, os times entendem o que entregar, o gestor ganha previsibilidade e a empresa consegue ajustar o que for necessário com agilidade. Esse alinhamento inicial aumenta a probabilidade de que os resultados comecem a surgir ainda no primeiro trimestre", destaca.
Para 2026, a necessidade de planejamento se intensifica. O avanço das vendas e a competitividade entre mercados exigem processos mais bem definidos e decisões baseadas em dados. Empresas que deixam a organização para depois acabam perdendo tempo em ajustes urgentes e improvisados, enquanto aquelas preparadas utilizam esse mesmo período para crescer. (Precisa/AI)

