Com taxas de crescimento do faturamento que nos próximos três anos ficarão entre 40% e 50%, o E-Commerce é uma boa opção de investimento por parte das empresas. O acesso às tecnologias digitais para as classes menos favorecidas, tem sido facilitado por programas como o PC popular do governo federal e planos de financiamentos com juros mais baixos e prazos mais elásticos por parte das empresas privadas.
Estas políticas de inclusão digital e movimentações do mercado que barateiam o preço dos equipamentos de tecnologia, tem elevado substancialmente a quantidade de usuários de internet no Brasil, requisito fundamental para expansão deste mercado. A expectativa segundo dados divulgados na Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, é de que até o final de 2007, 33,9 milhões de pessoas estejam conectadas à internet. O ano de 2006 fechou com 31,8 milhões de internautas.
Os levantamentos da Câmara para o primeiro trimestre de 2007, dão conta que o B2C - Business-to-consumer, comércio efetuado diretamente entre a empresa produtora, vendedora ou prestadora de serviços e o consumidor final, atingiram valores de R$ 4,4 bilhões. Um total estimado de 5,7 milhões de e-compradores, perto de 20% a mais do que em março de 2006, fizeram compras em que o valor médio girou em torno de R$ 380,00.
Já o B2B - Business to Business, nome dado ao comércio praticado por fornecedores e clientes empresariais, ou seja, de empresa para empresa, atingiu valores nos primeiros três meses do ano de R$ 133,4 bilhões.
No Tocantins, em que pese este mercado ser incipiente, os primeiros passos tem sido dados, principalmente por parte do governo, que procura através da SICTUR - Secretaria da indústria e comércio, fomentar o segmento através de incentivos fiscais. Segundo o Diretor de Atração e Fomento da SICTUR, Iapurê Olsen, o Tocantins tem a lei 1641 de 28 de dezembro de 2005, lei do E-Commerce, que concede benefícios especiais a quem instalar empresas no estado.
Os varejistas do comércio eletrônico no Tocantins poderão usufruir de alíquotas de 1% em transações interestaduais e 2% ao invés de 17%, nas transações de importação, além de ter 60 dias para pagar. "É o melhor incentivo dado hoje no Brasil" destaca Olsen, que informa também, que estes incentivos já atraíram duas empresas do segmento E-Commerce; a DOTCOM GROUP COMÉRCIO DE PRESENTES LTDA do grupo SAC, no ramo de perfumaria e a PANAPROGRAM.COM COM. ELETRO ELETRONICO LTDA.
CDL Palmas
A CDL Palmas antenada com as novas tendências procura não ficar para trás e investe na sua escola de informática para qualificar mão-de-obra que possa ser contratada pelos lojistas, além de investir no treinamento de E-Commerce dos próprios funcionários, como o caso do técnico de informática Janilson Costa, que recentemente participou do mini curso de comércio eletrônico. Para o Diretor de SPC José Ribeiro Neto, o comércio pela internet já se consagrou como canal alternativo de vendas, caracterizado pela facilidade e conveniência da compra. "É também uma forma de aumentar a exposição da marca e das vendas", destaca.
Umberto Salvador Coelho
